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Para um desafio global, uma resposta global

Em rede internacional, especialistas compartilham informações e buscam identificar lacunas no conhecimento sobre a resistência a inseticidas em mosquitos Aedes aegypti de todo o mundo
Por Lucas Rocha16/08/2016 - Atualizado em 10/12/2019

Em rede internacional, especialistas compartilham informações e buscam identificar lacunas no conhecimento sobre a resistência a inseticidas em mosquitos Aedes aegypti de todo o mundo

O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) integra uma nova rede global que pretende produzir um levantamento sobre a resistência aos inseticidas por mosquitos vetores de arboviroses – em especial o Aedes aegypti, transmissor da dengue, Zika e chikungunya. Chamada de ‘Worldwide Insecticide Resistance Network’ (WIN), a rede é composta por pesquisadores de 15 instituições reconhecidas internacionalmente. A formação do grupo está alinhada aos objetivos de monitoramento e vigilância entomológica da Organização Mundial da Saúde (OMS). Como uma de suas ações recentes, em março deste ano, a entidade divulgou um documento alertando para a resistência do Aedes aegypti aos inseticidas usados em regiões atingidas pelo vírus Zika. As instituições que participam da rede contam com ampla experiência em pesquisa de vetores e em áreas como entomologia médica, avaliação de inseticidas e genética de populações de insetos. Além do IOC, também fazem parte do time instituições de outros 11 países: França, Inglaterra, Portugal, Grécia, Estados Unidos, Índia, Tailândia, Guiana Francesa, Mali, Singapura, Irã. Um encontro realizado em maio, em Montpellier, na França, marcou o início das atividades da rede.

C. Durot

A Rede Win é composta por especialistas de 15 instituições reconhecidas internacionalmente por pesquisas de vetores, entomologia médica, avaliação de inseticidas, entre outras áreas


Pesquisador do Laboratório de Fisiologia e Controle de Artrópodes Vetores do IOC e membro do comitê executivo da rede, Ademir Martins explica que os especialistas pretendem investigar aspectos biológicos relacionados à resistência a inseticidas e identificar as regiões do planeta onde este fenômeno tem ameaçado o controle do Aedes aegypti. Para isso, será realizado um trabalho de revisão de publicações científicas e de relatórios técnicos regionais produzidos por instituições governamentais dos países membros e colaboradores do consórcio. “Vamos organizar o que já se sabe e explorar lacunas no conhecimento de temas relacionados ao controle do mosquito, focando na resistência a inseticidas e possíveis estratégias alternativas”, destaca. De acordo com o pesquisador, as informações levantadas poderão basear propostas de workshops e treinamentos voltados para técnicos, estudantes e gestores, considerando as diferentes realidades regionais. Utilização consciente

A aplicação de inseticidas é uma das várias formas de evitar a proliferação de insetos. No entanto, o uso exacerbado da estratégia ocasiona a seleção de populações de insetos que são resistentes aos produtos, o que faz com que a eficácia seja comprometida. “O uso de inseticidas é uma medida que deveria ser empregada de forma mais emergencial do que profilática. Quando a resistência é detectada entre os insetos, os programas de controle de vetores sugerem a troca por outro inseticida de natureza diferente”, explica Ademir. Segundo ele, são poucas as opções de inseticidas eficientes e seguros para saúde humana e do meio ambiente recomendados pela OMS, o que mostra a importância do investimento em outras práticas de controle vetorial. O amplo painel de especialistas também pretende discutir as tecnologias implementadas atualmente no controle vetorial, como o uso de mosquitos esterilizados, por exemplo. O mapeamento deve compor um relatório que será disponibilizado online, para livre acesso da comunidade científica e de gestores de programas nacionais de controle de insetos vetores. “Pretendemos enviar recomendações para a OMS que possam ser utilizadas por gestores de saúde visando a melhoria na vigilância da resistência aos inseticidas e o desenvolvimento de estudos nas áreas necessárias”, conclui Ademir. A previsão é de que o IOC seja o anfitrião do próximo encontro da rede, aberto ao público e com apresentações dos principais pesquisadores globais da área. Fazem parte da Rede Win, o Instituto Oswaldo Cruz, no Brasil; o Instituto de Higiene e Medicina Tropical, de Portugal; o Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento, da França; o Instituto Nacional Para a Pesquisa da Malária, da Índia; os Centros de Controle e Prevenção de Doenças, nos Estados Unidos, dentre outras instituições. Mais informações estão disponíveis no site da rede (clique aqui). Reportagem: Lucas Rocha 16/08/2016
Em rede internacional, especialistas compartilham informações e buscam identificar lacunas no conhecimento sobre a resistência a inseticidas em mosquitos Aedes aegypti de todo o mundo
Por: 
lucas

Em rede internacional, especialistas compartilham informações e buscam identificar lacunas no conhecimento sobre a resistência a inseticidas em mosquitos Aedes aegypti de todo o mundo

O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) integra uma nova rede global que pretende produzir um levantamento sobre a resistência aos inseticidas por mosquitos vetores de arboviroses – em especial o Aedes aegypti, transmissor da dengue, Zika e chikungunya. Chamada de ‘Worldwide Insecticide Resistance Network’ (WIN), a rede é composta por pesquisadores de 15 instituições reconhecidas internacionalmente. A formação do grupo está alinhada aos objetivos de monitoramento e vigilância entomológica da Organização Mundial da Saúde (OMS). Como uma de suas ações recentes, em março deste ano, a entidade divulgou um documento alertando para a resistência do Aedes aegypti aos inseticidas usados em regiões atingidas pelo vírus Zika.

As instituições que participam da rede contam com ampla experiência em pesquisa de vetores e em áreas como entomologia médica, avaliação de inseticidas e genética de populações de insetos. Além do IOC, também fazem parte do time instituições de outros 11 países: França, Inglaterra, Portugal, Grécia, Estados Unidos, Índia, Tailândia, Guiana Francesa, Mali, Singapura, Irã. Um encontro realizado em maio, em Montpellier, na França, marcou o início das atividades da rede.

C. Durot

A Rede Win é composta por especialistas de 15 instituições reconhecidas internacionalmente por pesquisas de vetores, entomologia médica, avaliação de inseticidas, entre outras áreas



Pesquisador do Laboratório de Fisiologia e Controle de Artrópodes Vetores do IOC e membro do comitê executivo da rede, Ademir Martins explica que os especialistas pretendem investigar aspectos biológicos relacionados à resistência a inseticidas e identificar as regiões do planeta onde este fenômeno tem ameaçado o controle do Aedes aegypti. Para isso, será realizado um trabalho de revisão de publicações científicas e de relatórios técnicos regionais produzidos por instituições governamentais dos países membros e colaboradores do consórcio. “Vamos organizar o que já se sabe e explorar lacunas no conhecimento de temas relacionados ao controle do mosquito, focando na resistência a inseticidas e possíveis estratégias alternativas”, destaca. De acordo com o pesquisador, as informações levantadas poderão basear propostas de workshops e treinamentos voltados para técnicos, estudantes e gestores, considerando as diferentes realidades regionais.

Utilização consciente

A aplicação de inseticidas é uma das várias formas de evitar a proliferação de insetos. No entanto, o uso exacerbado da estratégia ocasiona a seleção de populações de insetos que são resistentes aos produtos, o que faz com que a eficácia seja comprometida. “O uso de inseticidas é uma medida que deveria ser empregada de forma mais emergencial do que profilática. Quando a resistência é detectada entre os insetos, os programas de controle de vetores sugerem a troca por outro inseticida de natureza diferente”, explica Ademir. Segundo ele, são poucas as opções de inseticidas eficientes e seguros para saúde humana e do meio ambiente recomendados pela OMS, o que mostra a importância do investimento em outras práticas de controle vetorial.

O amplo painel de especialistas também pretende discutir as tecnologias implementadas atualmente no controle vetorial, como o uso de mosquitos esterilizados, por exemplo. O mapeamento deve compor um relatório que será disponibilizado online, para livre acesso da comunidade científica e de gestores de programas nacionais de controle de insetos vetores. “Pretendemos enviar recomendações para a OMS que possam ser utilizadas por gestores de saúde visando a melhoria na vigilância da resistência aos inseticidas e o desenvolvimento de estudos nas áreas necessárias”, conclui Ademir. A previsão é de que o IOC seja o anfitrião do próximo encontro da rede, aberto ao público e com apresentações dos principais pesquisadores globais da área.

Fazem parte da Rede Win, o Instituto Oswaldo Cruz, no Brasil; o Instituto de Higiene e Medicina Tropical, de Portugal; o Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento, da França; o Instituto Nacional Para a Pesquisa da Malária, da Índia; os Centros de Controle e Prevenção de Doenças, nos Estados Unidos, dentre outras instituições. Mais informações estão disponíveis no site da rede (clique aqui).

Reportagem: Lucas Rocha
16/08/2016

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

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