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Pesquisador do IOC recebe Medalha Nacional do Mérito Científico

Honraria foi entregue a Renato Cordeiro como reconhecimento à significativa contribuição do cientista para a Ciência, Tecnologia e Inovação do país. Cerimônia aconteceu nesta quarta-feira (12), em Brasília
Por Jornalismo IOC11/07/2023 - Atualizado em 10/08/2023

O pesquisador emérito da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Renato Sérgio Balão Cordeiro, recebeu, nesta quarta-feira, 12 de julho, a Medalha Nacional do Mérito Científico – Classe Comendador, considerada a mais importante homenagem concedida pelo poder público a personalidades nacionais e internacionais que contribuíram para a Ciência, a Tecnologia e a Inovação do Brasil.

A medalha foi entregue pelo Presidente da República e Grão-Mestre da Ordem, Luiz Inácio Lula da Silva.
Foto: reprodução

A honraria foi entregue pelo Presidente da República e Grão-Mestre da Ordem, Luiz Inácio Lula da Silva. A cerimônia aconteceu, no Palácio do Planalto, e contou com a presença da ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos.  

Pesquisador titular aposentado do Laboratório de Inflamação do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Renato ingressou no IOC em 1967 como estudante e atuou junto ao renomado cientista Haity Moussatché.

Com a cassação do Moussatché e outros nove cientistas pelo Regime Militar (episódio conhecido como Massacre de Manguinhos), Cordeiro foi obrigado a deixar o Instituto e a seguir novos rumos. 

Passou a atuar no Departamento de Farmacologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade São Paulo (FMRP/USP), onde desenvolveu pesquisas sobre a bradicinina e outros mediadores químicos farmacologicamente ativos. 

Em 1971, foi selecionado para a primeira turma de doutorado em Farmacologia da FMRP/USP. Quatro anos depois (1975), assumiu a Chefia do Laboratório de Farmacologia da Universidade de Brasília (UnB). Na instituição, criou a graduação em Farmacologia para os cursos de Medicina e Biologia e implantou o Laboratório de Pesquisa da UnB, onde desenvolveu estudos sobre fenômenos inflamatórios na malária ocasionada por Plasmodium berghei, bem como estudos sobre produtos naturais. Iniciava ali um exitoso processo de formação de recursos humanos qualificados para atuação na Farmacologia brasileira.

Impedido, pelo Regime Militar, de retornar à Fiocruz como pesquisador em 1978, a convite do célebre Lobato Paraense, então vice -presidente da instituição, Cordeiro foi atuar como professor no Departamento de Farmacologia da Universidade Federal do Ceará (UFC). Lá, ajudou a criar a Pós-Graduação em Farmacologia da Faculdade de Medicina da UFC.

Em 1980, assumiu a chefia da Farmacologia do Instituto de Biologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Na instituição, foi coordenador do curso de Pós-graduação em Biociências Nucleares e eleito diretor do Instituto de Biologia. Nesse período fez seu pós-doutoramento na Unité de Pharmacologie Cellulaire do Institut Pasteur.

Em 1986, com a reintegração dos cientistas cassados na Fiocruz, recebeu do célebre sanitarista Sergio Arouca, e então presidente da Fundação, o convite para retornar e recriar o Departamento de Fisiologia e Farmacodinâmica, junto com Moussatché e Tito Arcoverde, no Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz), cedido pelo então diretor Luiz Rey. A partir desse Laboratório, foram originados quatro Laboratórios do IOC: Inflamação, Imunofarmacologia, Investigação Cardiovascular e Toxinologia. 

Nesse período, celebrou diversos acordos nacionais e internacionais de cooperação científica e organizou uma série de eventos que resultou na formação de novos grupos de pesquisa e formação de inúmeros mestres, doutores e pós-doutores na Fiocruz e outras instituições espalhadas pelo país.

Entre 1997 e 2001, foi vice-presidente de Pesquisa e Ensino da Fundação, com importante atuação no estabelecimento de convênios para impulsionar o desenvolvimento de projetos científicos. No mesmo ano em que deixou a Vice-presidência, foi eleito diretor do Instituto Oswaldo Cruz (2001-2005).

À trajetória de Renato Cordeiro soma-se, ainda, a publicação de 145 artigos em periódicos internacionais indexados no Web of Science, nas áreas de Farmacologia do Processo Inflamatório e de Produtos Naturais. Este quantitativo faz com que ele acumule mais de 2 mil citações na literatura científica. 

Cordeiro também assumiu a Presidência da Sociedade Brasileira de Farmacologia e Terapêutica Experimental (1990-1993); a Vice-presidência e fundação da Sociedade Brasileira de Inflamação; a Diretoria da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, SBPC (1989-1991); e a coordenação do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal do Ministério da Ciência e Tecnologia. 

Pesquisador 1A do CNPq por mais de uma década, Renato atualmente é membro titular da Academia Brasileira de Ciências e da Academia de Ciências da América Latina e coordenador do Núcleo de Estudos Avançados do IOC.

A diretora e o pesquisador do Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), Adele Schwartz Benzaken e Marcus Vinícius Lacerda, também receberam a honraria.  

Assista à cerimônia de entrega da medalha:

Honraria foi entregue a Renato Cordeiro como reconhecimento à significativa contribuição do cientista para a Ciência, Tecnologia e Inovação do país. Cerimônia aconteceu nesta quarta-feira (12), em Brasília
Por: 
jornalismo

O pesquisador emérito da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Renato Sérgio Balão Cordeiro, recebeu, nesta quarta-feira, 12 de julho, a Medalha Nacional do Mérito Científico – Classe Comendador, considerada a mais importante homenagem concedida pelo poder público a personalidades nacionais e internacionais que contribuíram para a Ciência, a Tecnologia e a Inovação do Brasil.

A medalha foi entregue pelo Presidente da República e Grão-Mestre da Ordem, Luiz Inácio Lula da Silva.
Foto: reprodução

A honraria foi entregue pelo Presidente da República e Grão-Mestre da Ordem, Luiz Inácio Lula da Silva. A cerimônia aconteceu, no Palácio do Planalto, e contou com a presença da ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos.  

Pesquisador titular aposentado do Laboratório de Inflamação do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Renato ingressou no IOC em 1967 como estudante e atuou junto ao renomado cientista Haity Moussatché.

Com a cassação do Moussatché e outros nove cientistas pelo Regime Militar (episódio conhecido como Massacre de Manguinhos), Cordeiro foi obrigado a deixar o Instituto e a seguir novos rumos. 

Passou a atuar no Departamento de Farmacologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade São Paulo (FMRP/USP), onde desenvolveu pesquisas sobre a bradicinina e outros mediadores químicos farmacologicamente ativos. 

Em 1971, foi selecionado para a primeira turma de doutorado em Farmacologia da FMRP/USP. Quatro anos depois (1975), assumiu a Chefia do Laboratório de Farmacologia da Universidade de Brasília (UnB). Na instituição, criou a graduação em Farmacologia para os cursos de Medicina e Biologia e implantou o Laboratório de Pesquisa da UnB, onde desenvolveu estudos sobre fenômenos inflamatórios na malária ocasionada por Plasmodium berghei, bem como estudos sobre produtos naturais. Iniciava ali um exitoso processo de formação de recursos humanos qualificados para atuação na Farmacologia brasileira.

Impedido, pelo Regime Militar, de retornar à Fiocruz como pesquisador em 1978, a convite do célebre Lobato Paraense, então vice -presidente da instituição, Cordeiro foi atuar como professor no Departamento de Farmacologia da Universidade Federal do Ceará (UFC). Lá, ajudou a criar a Pós-Graduação em Farmacologia da Faculdade de Medicina da UFC.

Em 1980, assumiu a chefia da Farmacologia do Instituto de Biologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Na instituição, foi coordenador do curso de Pós-graduação em Biociências Nucleares e eleito diretor do Instituto de Biologia. Nesse período fez seu pós-doutoramento na Unité de Pharmacologie Cellulaire do Institut Pasteur.

Em 1986, com a reintegração dos cientistas cassados na Fiocruz, recebeu do célebre sanitarista Sergio Arouca, e então presidente da Fundação, o convite para retornar e recriar o Departamento de Fisiologia e Farmacodinâmica, junto com Moussatché e Tito Arcoverde, no Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz), cedido pelo então diretor Luiz Rey. A partir desse Laboratório, foram originados quatro Laboratórios do IOC: Inflamação, Imunofarmacologia, Investigação Cardiovascular e Toxinologia. 

Nesse período, celebrou diversos acordos nacionais e internacionais de cooperação científica e organizou uma série de eventos que resultou na formação de novos grupos de pesquisa e formação de inúmeros mestres, doutores e pós-doutores na Fiocruz e outras instituições espalhadas pelo país.

Entre 1997 e 2001, foi vice-presidente de Pesquisa e Ensino da Fundação, com importante atuação no estabelecimento de convênios para impulsionar o desenvolvimento de projetos científicos. No mesmo ano em que deixou a Vice-presidência, foi eleito diretor do Instituto Oswaldo Cruz (2001-2005).

À trajetória de Renato Cordeiro soma-se, ainda, a publicação de 145 artigos em periódicos internacionais indexados no Web of Science, nas áreas de Farmacologia do Processo Inflamatório e de Produtos Naturais. Este quantitativo faz com que ele acumule mais de 2 mil citações na literatura científica. 

Cordeiro também assumiu a Presidência da Sociedade Brasileira de Farmacologia e Terapêutica Experimental (1990-1993); a Vice-presidência e fundação da Sociedade Brasileira de Inflamação; a Diretoria da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, SBPC (1989-1991); e a coordenação do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal do Ministério da Ciência e Tecnologia. 

Pesquisador 1A do CNPq por mais de uma década, Renato atualmente é membro titular da Academia Brasileira de Ciências e da Academia de Ciências da América Latina e coordenador do Núcleo de Estudos Avançados do IOC.

A diretora e o pesquisador do Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), Adele Schwartz Benzaken e Marcus Vinícius Lacerda, também receberam a honraria.  

Assista à cerimônia de entrega da medalha:

Edição: 
Vinicius Ferreira

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)