Foi realizada na última segunda-feira, 16/06, a terceira edição do Encontro de Pós-docs do Programa de Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular do Instituto Oswaldo Cruz (PGBCM/IOC/Fiocruz).
O evento reuniu dezenas de jovens doutores que permanecem no Instituto desenvolvendo projetos de pesquisa.
Levantamento apresentado durante a mesa de abertura pela coordenadora do Programa, Patricia Cuervo, mostrou que atualmente a PGBCM possui 54 pós-docs vinculados, distribuídos em 24 laboratórios do IOC.
Desses, 35 enviaram resumos dos trabalhos que realizam e 9 foram selecionados para apresentação oral e os demais para apresentação no formato de pôster. Quatro trabalhos foram agraciados com o prêmio Juliana de Meis, sendo três orais e um pôster. Confira ao final desta matéria.
Patricia adiantou uma novidade para as próximas edições.
“A partir de 2026 o evento será coordenado pela Diretoria de Pesquisa do Instituto e destinado a todos os pós-doutores de todos os programas de pós-graduação do IOC”, comentou.
Também presente na cerimônia de abertura, Rafaela Felício, representante de Pós-doutores da PGBCM, comentou sobre a importância da participação dos pós-docs no evento.
“É muito valioso ter a presença de todos vocês, pois tudo foi pensado com muito cuidado e feito especialmente para vocês”, disse.
Ellen Mello de Souza, coordenadora do Programa de Estágios do IOC, abordou o reconhecimento do Instituto na qualidade das pesquisas realizadas pelos pós-docs.
“O esforço para organizar esse evento é fruto do reconhecimento da atuação profissional de cada um em seus laboratórios. O Instituto está olhando para vocês e absorvendo o melhor de cada um”, frisou.
Egressa da PGBCM, a diretora de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do IOC, Luciana Garzoni, tratou sobre as oportunidades profissionais após a conclusão do doutorado.
“Nosso empenho não pode ser exclusivamente que vocês conquistem uma vaga no serviço público, mas também precisamos olhar para o ramo industrial. É importante para a soberania nacional e para o SUS ter doutores brasileiros trabalhando nessa área e atuando em prol da nossa população”, expôs.
Win Degrave, chefe do Laboratório de Genômica Aplicada e BioInovações do IOC e assessor da Vice-Presidência de Pesquisa da Fiocruz, destacou os desafios enfrentados pelos pós-docs.
“Ao mesmo tempo que são o futuro da pesquisa, o profissional pós-doc enfrenta grande luta na busca por financiamento para suas pesquisas. A Presidência da Fiocruz está trabalhando para atrair pós-docs de outros países para enriquecer o conhecimento técnico e tecnológico do nosso país. Esse processo de internacionalização é muito importante”, realçou.
Abrilhantando a programação da atividade, o evento recebeu o pesquisador Carlos Medicis Morel, um dos responsáveis pela criação da PGBCM.
Ex-diretor do IOC e ex-presidente da Fiocruz, Morel tem participado ativamente de vários programas mundiais de pesquisa e desenvolvimento em doenças negligenciadas.
Em sua palestra, o médico abordou o tema “Origens de pandemia: estamos preparados para a ‘Doença X’?".
Para responder à questão se seria possível prever a emergência de uma pandemia ou, ao menos, impedir ou mitigar suas consequências, o especialista usou a Covid-19 como exemplo.
Morel explicou que o surgimento de uma doença zoonótica pandêmica passa por três estágios até se espalhar a nível mundial.
“O estágio 1 é um estado de pré-emergência, no qual micróbios naturais são transmitidos entre seus reservatórios animais. O estágio 2 é a emergência localizada, por meio de eventos de transbordamento, sejam autolimitados ou em larga escala. E No estágio 3, alguns eventos de transbordamento podem levar a surtos de pessoa a pessoa indefinidamente sustentados, disseminação internacional ou global e o surgimento de uma verdadeira pandemia”, salientou.
O especialista explicou que a vigilância epidemiológica tradicional tem início após o primeiro caso em humanos.
“No entanto, o correto é agir antes, precisamos nos antecipar. Antes da etapa de emergência propriamente dita, existem duas etapas prévias, com vigilância viral e ações de prevenção primária”, comentou.
Morel detalhou um histórico de acontecimentos pré, durante e pós-pandemia. Um dos destaques foi palestra realizada em junho de 2019 por especialista chinesa alertando sobre a possibilidade de propagação do SARS-CoV-2, tendo em vista estudos recentes que haviam diagnosticado o vírus em morcegos.
Meses depois, notícias de casos de uma doença respiratória desconhecida tomavam conta dos noticiários. Era o início da propagação do vírus na população.
O especialista lembrou as inúmeras notícias falsas e conspiratórias que circularam (e ainda circulam) sobre o tema, como a teoria de que o patógeno seria fruto de um vazamento laboratorial chinês.
“Após missão da Organização Mundial da Saúde à China, constatou-se que o vírus era de origem zoonótica e que um incidente laboratorial era extremamente improvável”, disse.
Em agosto de 2021, a OMS abriu chamada para a criação de um comitê científico consultor para predição de novos patógenos. Morel se candidatou e foi escolhido para integrar o seleto grupo, que contém apenas 27 nomes de cientistas de todo o mundo.
Ele lembrou que sofreu ataques cibernéticos após votações contrárias às teorias conspiratórias.
“Em julho de 2022, um estudo científico evidenciou que a emergência do vírus resultou do comércio de animais selvagens em um mercado da cidade de Wuhan, na China. Mas mesmo assim, até os dias de hoje, existem teorias que tentam desacreditar as evidências”, contou.
Dentre as publicações de referência apresentadas sobre predição e controle de pandemias, Morel abordou o lançamento de guia para estudos sobre origens de novos patógenos, dividido em seis passos:
1. Investigações iniciais
2. Estudos em humanos
3. Estudos de interface animal-humano
4. Estudos ambientais e ecológicos
5. Estudos genômicos e filogenéticos
6. Estudos de biossegurança e de segurança de laboratórios
Dos 35 resumos submetidos para apresentação no 3º Encontro de Pós-docs do Programa de Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular do IOC, 9 foram selecionados para apresentação oral.
As premiações foram entregues pelos filhos da cientista Juliana de Meis, Renato e Ricardo de Meis.
Confira abaixo mais detalhes sobre os trabalhos vencedores apresentados no formato oral:
1º LUGAR – Gabriella de Medeiros Abreu, do Laboratório de Genética Humana, com a pesquisa “Aplicação do diagnóstico molecular em diabetes raros como ferramenta para saúde de precisão”.
O estudo visou selecionar pacientes com fenótipo clínico característico de diabetes monogênico e, através do rastreamento de variantes em diferentes genes, proporcionar o diagnóstico molecular da doença contribuindo para o correto prognóstico, aconselhamento genético e tratamento adequado.
2º LUGAR - Paolla Beatriz de Almeida Pinto, do Laboratório de Biotecnologia e Fisiologia de Infecções Virais, com o estudo “Resposta de anticorpos neutralizantes: comparativo entre as vacinas contra a Covid-19".
A pesquisa busca entender a dinâmica de anticorpos neutralizantes após cada dose vacinal, incluindo reforços, e sua eficácia contra variantes de preocupação do SARS-CoV-2. Foram analisados dados de imunização com Coronavac, AstraZeneca e Pfizer.
3º LUGAR - Otavio Augusto Chaves, do Laboratório de Imunofarmacologia, com o estudo “Apixaban, um anticoagulante de disponibilidade oral capaz de inibir a replicação do SARS-CoV-2 e sua principal protease de forma não competitiva”.
A pesquisa mostrou que o Apixaban é três vezes mais potente do que outros anticoagulantes e que o composto atua como um núcleo estrutural para o desenho de tratamentos análogos, seja com antivirais ou com anticoagulantes.
MENÇÃO HONROSA - Thiago Vieira, do Laboratório de Imunofarmacologia, abordou a pesquisa “Vesículas extracelulares plasmáticas produzidas no curso da Covid Longa promovem ativação e agregação de neutrófilos".
O estudo tem como perspectivas validar a presença de fator tecidual em vesículas extracelulares de células endoteliais, avaliar o impacto do lipo-T na ativação de neutrófilos após exposição prolongada e das plaquetas ativadas na agregação de neutrófilos induzida pelo fator tecidual e aprofundar os mecanismos de agregação de neutrófilos.
MENÇÃO HONROSA - Vinícius Wakoff Fonseca, do Laboratório de Biologia Molecular de Parasitos e Vetores, com o estudo “Identificação e teste de alvos moleculares candidatos ao desenvolvimento de vacina bloqueadora de transmissão da Leishmaniose Visceral”.
O trabalho pretende identificar novas moléculas-alvo importantes na sobrevivência do parasita no vetor; utilizar essas moléculas para o desenho e síntese de peptídeos, que serão utilizados como imunizantes; testar os imunizantes para obtenção de antissoros com anticorpos policlonais reativos; e testar os antissoros quanto à capacidade de redução da carga parasitária em infecções artificiais de leishmania.
Três jovens cientistas que apresentaram seus estudos no formato pôster também foram agraciados, sendo um com o primeiro lugar e dois com menção honrosa:
1º LUGAR – Samuel Iwao Maia Horita
MENÇÃO HONROSA - Vinicius Cardoso Soares e Renata Stavracakis Peixoto
Foi realizada na última segunda-feira, 16/06, a terceira edição do Encontro de Pós-docs do Programa de Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular do Instituto Oswaldo Cruz (PGBCM/IOC/Fiocruz).
O evento reuniu dezenas de jovens doutores que permanecem no Instituto desenvolvendo projetos de pesquisa.
Levantamento apresentado durante a mesa de abertura pela coordenadora do Programa, Patricia Cuervo, mostrou que atualmente a PGBCM possui 54 pós-docs vinculados, distribuídos em 24 laboratórios do IOC.
Desses, 35 enviaram resumos dos trabalhos que realizam e 9 foram selecionados para apresentação oral e os demais para apresentação no formato de pôster. Quatro trabalhos foram agraciados com o prêmio Juliana de Meis, sendo três orais e um pôster. Confira ao final desta matéria.
Patricia adiantou uma novidade para as próximas edições.
“A partir de 2026 o evento será coordenado pela Diretoria de Pesquisa do Instituto e destinado a todos os pós-doutores de todos os programas de pós-graduação do IOC”, comentou.
Também presente na cerimônia de abertura, Rafaela Felício, representante de Pós-doutores da PGBCM, comentou sobre a importância da participação dos pós-docs no evento.
“É muito valioso ter a presença de todos vocês, pois tudo foi pensado com muito cuidado e feito especialmente para vocês”, disse.
Ellen Mello de Souza, coordenadora do Programa de Estágios do IOC, abordou o reconhecimento do Instituto na qualidade das pesquisas realizadas pelos pós-docs.
“O esforço para organizar esse evento é fruto do reconhecimento da atuação profissional de cada um em seus laboratórios. O Instituto está olhando para vocês e absorvendo o melhor de cada um”, frisou.
Egressa da PGBCM, a diretora de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do IOC, Luciana Garzoni, tratou sobre as oportunidades profissionais após a conclusão do doutorado.
“Nosso empenho não pode ser exclusivamente que vocês conquistem uma vaga no serviço público, mas também precisamos olhar para o ramo industrial. É importante para a soberania nacional e para o SUS ter doutores brasileiros trabalhando nessa área e atuando em prol da nossa população”, expôs.
Win Degrave, chefe do Laboratório de Genômica Aplicada e BioInovações do IOC e assessor da Vice-Presidência de Pesquisa da Fiocruz, destacou os desafios enfrentados pelos pós-docs.
“Ao mesmo tempo que são o futuro da pesquisa, o profissional pós-doc enfrenta grande luta na busca por financiamento para suas pesquisas. A Presidência da Fiocruz está trabalhando para atrair pós-docs de outros países para enriquecer o conhecimento técnico e tecnológico do nosso país. Esse processo de internacionalização é muito importante”, realçou.
Abrilhantando a programação da atividade, o evento recebeu o pesquisador Carlos Medicis Morel, um dos responsáveis pela criação da PGBCM.
Ex-diretor do IOC e ex-presidente da Fiocruz, Morel tem participado ativamente de vários programas mundiais de pesquisa e desenvolvimento em doenças negligenciadas.
Em sua palestra, o médico abordou o tema “Origens de pandemia: estamos preparados para a ‘Doença X’?".
Para responder à questão se seria possível prever a emergência de uma pandemia ou, ao menos, impedir ou mitigar suas consequências, o especialista usou a Covid-19 como exemplo.
Morel explicou que o surgimento de uma doença zoonótica pandêmica passa por três estágios até se espalhar a nível mundial.
“O estágio 1 é um estado de pré-emergência, no qual micróbios naturais são transmitidos entre seus reservatórios animais. O estágio 2 é a emergência localizada, por meio de eventos de transbordamento, sejam autolimitados ou em larga escala. E No estágio 3, alguns eventos de transbordamento podem levar a surtos de pessoa a pessoa indefinidamente sustentados, disseminação internacional ou global e o surgimento de uma verdadeira pandemia”, salientou.
O especialista explicou que a vigilância epidemiológica tradicional tem início após o primeiro caso em humanos.
“No entanto, o correto é agir antes, precisamos nos antecipar. Antes da etapa de emergência propriamente dita, existem duas etapas prévias, com vigilância viral e ações de prevenção primária”, comentou.
Morel detalhou um histórico de acontecimentos pré, durante e pós-pandemia. Um dos destaques foi palestra realizada em junho de 2019 por especialista chinesa alertando sobre a possibilidade de propagação do SARS-CoV-2, tendo em vista estudos recentes que haviam diagnosticado o vírus em morcegos.
Meses depois, notícias de casos de uma doença respiratória desconhecida tomavam conta dos noticiários. Era o início da propagação do vírus na população.
O especialista lembrou as inúmeras notícias falsas e conspiratórias que circularam (e ainda circulam) sobre o tema, como a teoria de que o patógeno seria fruto de um vazamento laboratorial chinês.
“Após missão da Organização Mundial da Saúde à China, constatou-se que o vírus era de origem zoonótica e que um incidente laboratorial era extremamente improvável”, disse.
Em agosto de 2021, a OMS abriu chamada para a criação de um comitê científico consultor para predição de novos patógenos. Morel se candidatou e foi escolhido para integrar o seleto grupo, que contém apenas 27 nomes de cientistas de todo o mundo.
Ele lembrou que sofreu ataques cibernéticos após votações contrárias às teorias conspiratórias.
“Em julho de 2022, um estudo científico evidenciou que a emergência do vírus resultou do comércio de animais selvagens em um mercado da cidade de Wuhan, na China. Mas mesmo assim, até os dias de hoje, existem teorias que tentam desacreditar as evidências”, contou.
Dentre as publicações de referência apresentadas sobre predição e controle de pandemias, Morel abordou o lançamento de guia para estudos sobre origens de novos patógenos, dividido em seis passos:
1. Investigações iniciais
2. Estudos em humanos
3. Estudos de interface animal-humano
4. Estudos ambientais e ecológicos
5. Estudos genômicos e filogenéticos
6. Estudos de biossegurança e de segurança de laboratórios
Dos 35 resumos submetidos para apresentação no 3º Encontro de Pós-docs do Programa de Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular do IOC, 9 foram selecionados para apresentação oral.
As premiações foram entregues pelos filhos da cientista Juliana de Meis, Renato e Ricardo de Meis.
Confira abaixo mais detalhes sobre os trabalhos vencedores apresentados no formato oral:
1º LUGAR – Gabriella de Medeiros Abreu, do Laboratório de Genética Humana, com a pesquisa “Aplicação do diagnóstico molecular em diabetes raros como ferramenta para saúde de precisão”.
O estudo visou selecionar pacientes com fenótipo clínico característico de diabetes monogênico e, através do rastreamento de variantes em diferentes genes, proporcionar o diagnóstico molecular da doença contribuindo para o correto prognóstico, aconselhamento genético e tratamento adequado.
2º LUGAR - Paolla Beatriz de Almeida Pinto, do Laboratório de Biotecnologia e Fisiologia de Infecções Virais, com o estudo “Resposta de anticorpos neutralizantes: comparativo entre as vacinas contra a Covid-19".
A pesquisa busca entender a dinâmica de anticorpos neutralizantes após cada dose vacinal, incluindo reforços, e sua eficácia contra variantes de preocupação do SARS-CoV-2. Foram analisados dados de imunização com Coronavac, AstraZeneca e Pfizer.
3º LUGAR - Otavio Augusto Chaves, do Laboratório de Imunofarmacologia, com o estudo “Apixaban, um anticoagulante de disponibilidade oral capaz de inibir a replicação do SARS-CoV-2 e sua principal protease de forma não competitiva”.
A pesquisa mostrou que o Apixaban é três vezes mais potente do que outros anticoagulantes e que o composto atua como um núcleo estrutural para o desenho de tratamentos análogos, seja com antivirais ou com anticoagulantes.
MENÇÃO HONROSA - Thiago Vieira, do Laboratório de Imunofarmacologia, abordou a pesquisa “Vesículas extracelulares plasmáticas produzidas no curso da Covid Longa promovem ativação e agregação de neutrófilos".
O estudo tem como perspectivas validar a presença de fator tecidual em vesículas extracelulares de células endoteliais, avaliar o impacto do lipo-T na ativação de neutrófilos após exposição prolongada e das plaquetas ativadas na agregação de neutrófilos induzida pelo fator tecidual e aprofundar os mecanismos de agregação de neutrófilos.
MENÇÃO HONROSA - Vinícius Wakoff Fonseca, do Laboratório de Biologia Molecular de Parasitos e Vetores, com o estudo “Identificação e teste de alvos moleculares candidatos ao desenvolvimento de vacina bloqueadora de transmissão da Leishmaniose Visceral”.
O trabalho pretende identificar novas moléculas-alvo importantes na sobrevivência do parasita no vetor; utilizar essas moléculas para o desenho e síntese de peptídeos, que serão utilizados como imunizantes; testar os imunizantes para obtenção de antissoros com anticorpos policlonais reativos; e testar os antissoros quanto à capacidade de redução da carga parasitária em infecções artificiais de leishmania.
Três jovens cientistas que apresentaram seus estudos no formato pôster também foram agraciados, sendo um com o primeiro lugar e dois com menção honrosa:
1º LUGAR – Samuel Iwao Maia Horita
MENÇÃO HONROSA - Vinicius Cardoso Soares e Renata Stavracakis Peixoto
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