No próximo sábado, 18/06, a população estará mobilizada em mais uma campanha nacional de vacinação. A imunização contra a poliomielite, a famosa gotinha, em crianças de até 5 anos (4 anos, 11 meses e 29 dias), já é parte da rotina das famílias brasileiras anualmente. Porém, o que muita gente não sabe é que sábado também é dia de vacinação contra sarampo em crianças menores de 7 anos (6 anos, 11 meses e 29 dias). Atualmente, a doença é motivo de preocupação para as autoridades europeias, já que o continente registrou mais de 6,5 mil casos somente em 2011. No Brasil, somente casos importados da doença e secundários relacionados a estes têm sido registrados nos últimos anos e o país foi o primeiro da região das Américas a reunir a documentação necessária para o pedido de certificação da erradicação do sarampo junto à Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).
A chefe do Laboratório de Vírus Respiratório e Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Marilda Siqueira, pede que as famílias levem as crianças para a vacinação contra sarampo. A virologista, que coordena o serviço de referência nacional em sarampo no Brasil, embarca neste final de semana para o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês), onde participará de reunião sobre sarampo e rubéola com todos os laboratórios de referência das Américas.
Segundo a especialista, as campanhas de vacinação periódicas foram fatores determinantes nos esforços para a eliminação da doença no país. A primeira grande campanha de vacinação contra o sarampo foi realizada em 1992. A iniciativa imunizou cerca de 42 milhões de crianças e jovens menores de 15 anos de idade, com cobertura vacinal de 95%. Este foi o ponto de partida para a criação do Programa de Controle e Eliminação do Sarampo, ressalta. No mesmo ano, houve um compromisso do governo brasileiro em disponibilizar a vacina de maneira homogênea em todo o país. Mais tarde, a tríplice viral, que imuniza contra o sarampo, rubéola e caxumba, foi introduzida gradativamente em todos os estados. Outras campanhas foram realizadas e hoje podemos afirmar que não existe mais transmissão endêmica de sarampo não só no país, como também nas Américas, afirma. Apesar dos outros países latino-americanos estarem também sem a circulação endêmica desse vírus, o Brasil foi o primeiro a preparar a documentação para entregar à OPAS, finaliza a pesquisadora.
O laboratório do IOC confirma ou descarta casos IgM positivos para sarampo no Brasil, define o diagnóstico de cada um e identifica, por métodos moleculares, a origem do vírus responsável pela infecção. É esse estudo que permite afirmar que as ocorrências no Brasil se limitam a linhagens que circulam no exterior, apontando que o vírus não circula no país e permanece limitado a casos importados. Segundo a especialista, a detecção de casos importados da doença mostra a eficiência da vigilância epidemiológica na área. A identificação de poucos casos de sarampo e por diferentes genótipos é uma situação que considero saudável. Isto significa que a vigilância epidemiológica do país está funcionando bem e é capaz de identificar mesmo um número reduzido de casos importados. Há circulação do vírus em diversos países no resto do mundo e por isso vamos sempre registrar casos importados. Com a investigação que realizamos conseguimos mostrar que os vírus responsáveis por estes casos não ocorrem por mais de dois ou três meses, eles se resolvem na própria comunidade onde o caso inicial surgiu. Ou seja, não há transmissibilidade sustentada, finaliza
Vacinação contra o sarampo
A primeira dose da vacina contra o sarampo deve ser administrada a todas as crianças de um ano de idade e uma segunda dose às crianças entre quatro e seis anos. A tríplice viral também é recomendada às pessoas que viajam para o exterior, profissionais que atuam no setor de turismo, motoristas de táxi, funcionários de hotéis e restaurantes, estudantes e outros que mantenham contacto com viajantes internacionais, além dos profissionais da saúde e da educação. No entanto, sábado é dia de vacinação para crianças.
Renata Fontoura
14/06/2011
No próximo sábado, 18/06, a população estará mobilizada em mais uma campanha nacional de vacinação. A imunização contra a poliomielite, a famosa gotinha, em crianças de até 5 anos (4 anos, 11 meses e 29 dias), já é parte da rotina das famílias brasileiras anualmente. Porém, o que muita gente não sabe é que sábado também é dia de vacinação contra sarampo em crianças menores de 7 anos (6 anos, 11 meses e 29 dias). Atualmente, a doença é motivo de preocupação para as autoridades europeias, já que o continente registrou mais de 6,5 mil casos somente em 2011. No Brasil, somente casos importados da doença e secundários relacionados a estes têm sido registrados nos últimos anos e o país foi o primeiro da região das Américas a reunir a documentação necessária para o pedido de certificação da erradicação do sarampo junto à Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).
A chefe do Laboratório de Vírus Respiratório e Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Marilda Siqueira, pede que as famílias levem as crianças para a vacinação contra sarampo. A virologista, que coordena o serviço de referência nacional em sarampo no Brasil, embarca neste final de semana para o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês), onde participará de reunião sobre sarampo e rubéola com todos os laboratórios de referência das Américas.
Segundo a especialista, as campanhas de vacinação periódicas foram fatores determinantes nos esforços para a eliminação da doença no país. A primeira grande campanha de vacinação contra o sarampo foi realizada em 1992. A iniciativa imunizou cerca de 42 milhões de crianças e jovens menores de 15 anos de idade, com cobertura vacinal de 95%. Este foi o ponto de partida para a criação do Programa de Controle e Eliminação do Sarampo, ressalta. No mesmo ano, houve um compromisso do governo brasileiro em disponibilizar a vacina de maneira homogênea em todo o país. Mais tarde, a tríplice viral, que imuniza contra o sarampo, rubéola e caxumba, foi introduzida gradativamente em todos os estados. Outras campanhas foram realizadas e hoje podemos afirmar que não existe mais transmissão endêmica de sarampo não só no país, como também nas Américas, afirma. Apesar dos outros países latino-americanos estarem também sem a circulação endêmica desse vírus, o Brasil foi o primeiro a preparar a documentação para entregar à OPAS, finaliza a pesquisadora.
O laboratório do IOC confirma ou descarta casos IgM positivos para sarampo no Brasil, define o diagnóstico de cada um e identifica, por métodos moleculares, a origem do vírus responsável pela infecção. É esse estudo que permite afirmar que as ocorrências no Brasil se limitam a linhagens que circulam no exterior, apontando que o vírus não circula no país e permanece limitado a casos importados. Segundo a especialista, a detecção de casos importados da doença mostra a eficiência da vigilância epidemiológica na área. A identificação de poucos casos de sarampo e por diferentes genótipos é uma situação que considero saudável. Isto significa que a vigilância epidemiológica do país está funcionando bem e é capaz de identificar mesmo um número reduzido de casos importados. Há circulação do vírus em diversos países no resto do mundo e por isso vamos sempre registrar casos importados. Com a investigação que realizamos conseguimos mostrar que os vírus responsáveis por estes casos não ocorrem por mais de dois ou três meses, eles se resolvem na própria comunidade onde o caso inicial surgiu. Ou seja, não há transmissibilidade sustentada, finaliza
Vacinação contra o sarampo
A primeira dose da vacina contra o sarampo deve ser administrada a todas as crianças de um ano de idade e uma segunda dose às crianças entre quatro e seis anos. A tríplice viral também é recomendada às pessoas que viajam para o exterior, profissionais que atuam no setor de turismo, motoristas de táxi, funcionários de hotéis e restaurantes, estudantes e outros que mantenham contacto com viajantes internacionais, além dos profissionais da saúde e da educação. No entanto, sábado é dia de vacinação para crianças.
Renata Fontoura
14/06/2011
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)