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Simpósio discute doenças tropicais e negligenciadas

Doutoranda do IOC recebeu prêmio de melhor trabalho apresentado no evento, que também contou com exibição do documentário 'Rey, ciência em defesa da vida'
Por Maíra Menezes31/07/2018 - Atualizado em 09/10/2023

Com um estudo sobre a ocorrência de ancilostomose — verminose popularmente conhecida como amarelão — em cidades do Piauí e Ceará, a doutoranda Kerla Lima Monteiro, do Programa de Pós-graduação em Medicina Tropical do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), recebeu o prêmio de melhor trabalho apresentado no I Simpósio de Medicina Tropical e Doenças Negligenciadas, promovido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Realizado nos dias 25/07 e 26/07, o evento contou com a participação de pesquisadores do IOC em mesas-redondas, conferências e colóquios, que debateram temas atuais das pesquisas em malária, hidatidose, esquistossomose e doença de Chagas, entre outras infecções.

A programação incluiu ainda a exibição, em sessão aberta, do documentário Rey, ciência em defesa da vida, produzido pelo IOC com apoio da VideoSaúde Distribuidora (Icict/Fiocruz). As atividades ocorreram no campus da UFRJ, na Ilha do Fundão, Zona Norte do Rio de Janeiro.

A premiação foi entregue à doutoranda Kerla Lima Monteiro pelo presidente da Sociedade Brasileira de Parasitologia, José Roberto Machado e Silva. Foto: SIMPMEDTROP 2018

 

Problema de saúde pública

Selecionado entre 130 trabalhos expostos nas sessões de apresentação oral, o estudo da doutoranda Kerla Lima Monteiro recebeu o Prêmio Pirajá da Silva e foi reapresentado na sessão de encerramento do Simpósio. Orientada pelo pesquisador Filipe Anibal Carvalho Costa, do Laboratório de Epidemiologia e Sistemática Molecular do IOC, a pesquisa investigou as taxas de infecção por vermes ancilostomídeos em duas cidades do Piauí e uma do Ceará.

A prevalência da parasitose variou de 3,7% a 12,4%, mostrando que a ancilostomose permanece como problema de saúde pública no Nordeste do Brasil. Análises genéticas apontaram que a espécie Necator americanus foi a mais frequente nas infecções. Além disso, foram encontrados vermes do gênero Necator altamente semelhantes a parasitos de gorilas, reforçando a importância dos estudos moleculares na identificação de microrganismos com potencial para infecção zoonótica.

Questões atuais em pauta

No primeiro dia do evento, a ocorrência de casos de malária provocados por parasitos de macacos em municípios fluminenses foi discutida em conferência do pesquisador Claudio Tadeu Daniel Ribeiro, chefe do Laboratório de Pesquisa em Malária do IOC. As pesquisadoras Rosângela Rodrigues e Silva, do Laboratório de Helmintos Parasitos de Vertebrados, e Verônica Marchon, do Laboratório de Doenças Parasitárias, participaram da mesa redonda sobre hidatidose, neurocisticercose e filariose, ao lado do professor José Mauro Peralta, da UFRJ.

Rosangela apresentou ainda o colóquio "Detecção de parasitos com potencial zoonótico na Amazônia: aspectos de campo, coleta, análise e prevenção de helmintoses". O projeto para desenvolvimento da vacina brasileira para esquistossomose também foi tema de um colóquio, realizado pela pesquisadora Miriam Tendler, do Laboratório de Esquistossomose Experimental, coordenadora da pesquisa.

Encerrando a programação do dia, o documentário sobre a vida e o legado do pesquisador Luis Rey, fundador do Laboratório de Biologia e Controle da Esquistossomose do IOC, foi exibido em sessão aberta.

Uma aula magna com participação da pesquisadora Maria Eugênia Noviski Gallo, Laboratório de Hanseníase do IOC, e do professor Rafael Silva Duarte, da UFRJ, sobre os determinantes sociais da saúde ligados à tuberculose e à hanseníase abriu a programação no segundo dia de atividades.

Além disso, o panorama da doença de Chagas no século XXI foi discutido em colóquio realizado pelos pesquisadores Andre Roque, do Laboratório de Biologia de Tripanosomatídeos do IOC, e Luiz Henrique Conde Sangenis, do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz).

Doutoranda do IOC recebeu prêmio de melhor trabalho apresentado no evento, que também contou com exibição do documentário 'Rey, ciência em defesa da vida'
Por: 
maira

Com um estudo sobre a ocorrência de ancilostomose — verminose popularmente conhecida como amarelão — em cidades do Piauí e Ceará, a doutoranda Kerla Lima Monteiro, do Programa de Pós-graduação em Medicina Tropical do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), recebeu o prêmio de melhor trabalho apresentado no I Simpósio de Medicina Tropical e Doenças Negligenciadas, promovido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Realizado nos dias 25/07 e 26/07, o evento contou com a participação de pesquisadores do IOC em mesas-redondas, conferências e colóquios, que debateram temas atuais das pesquisas em malária, hidatidose, esquistossomose e doença de Chagas, entre outras infecções.

A programação incluiu ainda a exibição, em sessão aberta, do documentário Rey, ciência em defesa da vida, produzido pelo IOC com apoio da VideoSaúde Distribuidora (Icict/Fiocruz). As atividades ocorreram no campus da UFRJ, na Ilha do Fundão, Zona Norte do Rio de Janeiro.

A premiação foi entregue à doutoranda Kerla Lima Monteiro pelo presidente da Sociedade Brasileira de Parasitologia, José Roberto Machado e Silva. Foto: SIMPMEDTROP 2018

 

Problema de saúde pública

Selecionado entre 130 trabalhos expostos nas sessões de apresentação oral, o estudo da doutoranda Kerla Lima Monteiro recebeu o Prêmio Pirajá da Silva e foi reapresentado na sessão de encerramento do Simpósio. Orientada pelo pesquisador Filipe Anibal Carvalho Costa, do Laboratório de Epidemiologia e Sistemática Molecular do IOC, a pesquisa investigou as taxas de infecção por vermes ancilostomídeos em duas cidades do Piauí e uma do Ceará.

A prevalência da parasitose variou de 3,7% a 12,4%, mostrando que a ancilostomose permanece como problema de saúde pública no Nordeste do Brasil. Análises genéticas apontaram que a espécie Necator americanus foi a mais frequente nas infecções. Além disso, foram encontrados vermes do gênero Necator altamente semelhantes a parasitos de gorilas, reforçando a importância dos estudos moleculares na identificação de microrganismos com potencial para infecção zoonótica.

Questões atuais em pauta

No primeiro dia do evento, a ocorrência de casos de malária provocados por parasitos de macacos em municípios fluminenses foi discutida em conferência do pesquisador Claudio Tadeu Daniel Ribeiro, chefe do Laboratório de Pesquisa em Malária do IOC. As pesquisadoras Rosângela Rodrigues e Silva, do Laboratório de Helmintos Parasitos de Vertebrados, e Verônica Marchon, do Laboratório de Doenças Parasitárias, participaram da mesa redonda sobre hidatidose, neurocisticercose e filariose, ao lado do professor José Mauro Peralta, da UFRJ.

Rosangela apresentou ainda o colóquio "Detecção de parasitos com potencial zoonótico na Amazônia: aspectos de campo, coleta, análise e prevenção de helmintoses". O projeto para desenvolvimento da vacina brasileira para esquistossomose também foi tema de um colóquio, realizado pela pesquisadora Miriam Tendler, do Laboratório de Esquistossomose Experimental, coordenadora da pesquisa.

Encerrando a programação do dia, o documentário sobre a vida e o legado do pesquisador Luis Rey, fundador do Laboratório de Biologia e Controle da Esquistossomose do IOC, foi exibido em sessão aberta.

Uma aula magna com participação da pesquisadora Maria Eugênia Noviski Gallo, Laboratório de Hanseníase do IOC, e do professor Rafael Silva Duarte, da UFRJ, sobre os determinantes sociais da saúde ligados à tuberculose e à hanseníase abriu a programação no segundo dia de atividades.

Além disso, o panorama da doença de Chagas no século XXI foi discutido em colóquio realizado pelos pesquisadores Andre Roque, do Laboratório de Biologia de Tripanosomatídeos do IOC, e Luiz Henrique Conde Sangenis, do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz).

Edição: 
Vinicius Ferreira

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

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