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Vigilância em saúde em debate

Centro de Estudos do IOC recebeu Gerson Penna, secretário de Vigilância em Saúde, em cerimônia que oficializou posição do IOC como referência nacional em saúde pública
Por Jornalismo IOC28/11/2008 - Atualizado em 10/12/2019

A vigilância em saúde no Brasil foi alvo de debate durante a edição desta sexta-feira, dia 28, do Centro de Estudos do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). Durante a sessão, que oficializou a posição do IOC como referência nacional em saúde pública para problemas já existentes e para agravos emergentes, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Gerson Penna, apresentou um retrospecto da área no país, do século 18 à contemporaneidade.

 Gutemberg Brito

 

Durante a palestra, Gerson Penna sinalizou prioridades para vigilância em saúde no Brasil 

“Uma evolução importante é a perspectiva a partir da qual opera a vigilância em saúde. Primeiramente, as ações eram pautadas nas pessoas, sendo freqüente a imposição de hábitos e medidas preventivas. Depois, o foco recaiu sobre as doenças: de que forma combatê-las, como evitá-las. Hoje, nos esforçamos para prever riscos e antecipar soluções – dinâmica fundamental para o enfrentamento de problemas futuros, que não configuram ainda desafios à saúde pública nacional”, Penna apontou.

“Um problema que persiste, porém, é o comportamento ante a ignorância científica sobre certos temas. Se tivermos que enfrentar a gripe aviária, por exemplo, a medida emergencial será a mesma adotada em séculos anteriores para pacientes de doenças hoje controladas, como a hanseníase: isolamento, quarentena. Como escapar dessa dinâmica? Antecipando riscos e soluções. Esse é o papel, hoje, da vigilância em saúde”, reconheceu.

 Gutemberg Brito

 

O secretario de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde comentou a dificuldade de definir prioridades na área

Entre os desafios atuais para a saúde pública brasileira, Penna destacou a leptospirose – área em que o IOC é centro colaborador da Organização Mundial da Saúde (OMS). “A leptospirose é a segunda maior causa de óbitos do Brasil, atrás somente da esquistossomose, e registra letalidade média de 11,3% no país. Ainda assim, não recebe a mesma atenção que outras infecções, como a dengue”, ponderou, indicando estimativa da OMS de que 2,5 bilhões de pessoas em todo o mundo vivem sob o risco de contrair a doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Para Penna, doenças negligenciadas como hanseníase, tuberculose e leishmanioses devem ser enfrentadas por uma rede multidisciplinar, que associe pesquisa, serviços de referência e atenção.

O palestrante ressaltou ainda a necessidade de fóruns multidisciplinares para a definição de temas prioritários em saúde pública. “Responder a questões de saúde pública exige um esforço integrado. É preciso trabalhar em redes, com plataformas tecnológicas de alta performance”, destacou.


Bel Levy

28/11/08

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Centro de Estudos do IOC recebeu Gerson Penna, secretário de Vigilância em Saúde, em cerimônia que oficializou posição do IOC como referência nacional em saúde pública
Por: 
jornalismo

A vigilância em saúde no Brasil foi alvo de debate durante a edição desta sexta-feira, dia 28, do Centro de Estudos do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). Durante a sessão, que oficializou a posição do IOC como referência nacional em saúde pública para problemas já existentes e para agravos emergentes, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Gerson Penna, apresentou um retrospecto da área no país, do século 18 à contemporaneidade.

 Gutemberg Brito

 

Durante a palestra, Gerson Penna sinalizou prioridades para vigilância em saúde no Brasil 

“Uma evolução importante é a perspectiva a partir da qual opera a vigilância em saúde. Primeiramente, as ações eram pautadas nas pessoas, sendo freqüente a imposição de hábitos e medidas preventivas. Depois, o foco recaiu sobre as doenças: de que forma combatê-las, como evitá-las. Hoje, nos esforçamos para prever riscos e antecipar soluções – dinâmica fundamental para o enfrentamento de problemas futuros, que não configuram ainda desafios à saúde pública nacional”, Penna apontou.

“Um problema que persiste, porém, é o comportamento ante a ignorância científica sobre certos temas. Se tivermos que enfrentar a gripe aviária, por exemplo, a medida emergencial será a mesma adotada em séculos anteriores para pacientes de doenças hoje controladas, como a hanseníase: isolamento, quarentena. Como escapar dessa dinâmica? Antecipando riscos e soluções. Esse é o papel, hoje, da vigilância em saúde”, reconheceu.

 Gutemberg Brito

 

O secretario de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde comentou a dificuldade de definir prioridades na área

Entre os desafios atuais para a saúde pública brasileira, Penna destacou a leptospirose – área em que o IOC é centro colaborador da Organização Mundial da Saúde (OMS). “A leptospirose é a segunda maior causa de óbitos do Brasil, atrás somente da esquistossomose, e registra letalidade média de 11,3% no país. Ainda assim, não recebe a mesma atenção que outras infecções, como a dengue”, ponderou, indicando estimativa da OMS de que 2,5 bilhões de pessoas em todo o mundo vivem sob o risco de contrair a doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Para Penna, doenças negligenciadas como hanseníase, tuberculose e leishmanioses devem ser enfrentadas por uma rede multidisciplinar, que associe pesquisa, serviços de referência e atenção.

O palestrante ressaltou ainda a necessidade de fóruns multidisciplinares para a definição de temas prioritários em saúde pública. “Responder a questões de saúde pública exige um esforço integrado. É preciso trabalhar em redes, com plataformas tecnológicas de alta performance”, destacou.



Bel Levy

28/11/08

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Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)