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Laboratório de Díptera

O Laboratório de Díptera (LABDIP) do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) tem como objetivo realizar pesquisa, desenvolvimento tecnológico, inovação e formação de recursos humanos em taxonomia, biologia, ecologia e biodiversidade de insetos, especialmente de dípteros Culicídeos, Flebotomíneos, Ceratopogonídeos e Muscóides, em áreas urbanas, de preservação ambiental e sob risco da ação antrópica pela instalação de empreendimentos hidrelétricos, assentamentos e exploração extrativista. Suas pesquisas visam o desenvolvimento de inovações que minimizem os agravos a saúde pública pelo controle de dípteros vetores.

O Laboratório realiza pesquisas em reservatórios de usinas hidrelétricas de diversos Estados brasileiros, com o objetivo de gerar conhecimento sobre a biologia e ecologia de vetores. A instalação de reservatórios associados a hidrelétricas é um dos principais responsáveis pelo surgimento e/ou incremento de doenças transmitidas por mosquitos, especialmente malária, febre amarela e dengue. O estudo das espécies capturadas nessas localidades permite observar aspectos de seu comportamento, como hábitos reprodutivos e hematofágicos, assim como serve de base para relacionar fatores climáticos, cobertura vegetal, dinâmica das populações de mosquitos e dados sócio-econômicos. 

Uma de suas mais recentes linhas de pesquisa visa desenvolver medidas alternativas de combate ao mosquito Aedes aegypti pela utilização de biocidas naturais. O Laboratório avalia seus efeitos sobre a fisiologia, reprodução, alterações morfológicas e bioquímicas ligadas ao desenvolvimento dos mosquitos, de forma a desenvolver novas perspectivas para controle do vetor.

Em parceria com os Laboratórios de Transmissores de Leishmanioses, de Bioquímica e Fisiologia de Insetos e de Biologia Molecular e Doenças Endêmicas do IOC, estuda as espécies vetoras no município de Paraty (RJ), área de alta endemicidade de leishmaniose tegumentar. O Laboratório também integrou, em colaboração com a University of Massachusetts Medical School (Estados Unidos) e a Universidad de Carabobo (Venezuela) estudo que estabeleceu, pela primeira vez na América do Sul, o ciclo de transmissão do vírus da Febre do Oeste do Nilo. Atualmente, em parceria com o Massachusetts Institute Technology (Estados Unidos) e a Universidade de Medicina de São José do Rio Preto (SP), desenvolve pesquisas sobre a presença deste vírus em mosquitos e em aves migratórias e residentes na região do Pantanal de Mato Grosso. 

Também interessado no estudo de Ceratopogonídeos Neotropicais, o Laboratório avalia a estrutura biocenótica da fauna de maruins em diversas regiões do Brasil e da América Latina, projeto em parceria com a Universidade Federal do Pará, o Instituto de Pesquisas da Amazônia e a Fiocruz-Minas, atuando ainda no Peru e na Costa Rica. 

O Laboratório de Díptera é ainda responsável pela curadoria da Coleção de Ceratopogonidae do IOC. O acervo é importante fonte de dados a respeito de espécies e espécimes dessa família, constituindo ferramenta imprescindível ao trabalho de taxonomistas. Com milhares de espécimes representativos da fauna neotropical, representa um dos maiores acervos da família na América Latina. Contém 111 tipos de espécies incluídas em 11 gêneros provenientes de 13 países da América Latina e Estados Unidos.

Na área de Ensino, o Laboratório participa da organização e coordena o Curso de Especialização em Entomologia Médica do IOC. Além disso, coordena disciplinas dos cursos de Mestrado e Doutorado em Biodiversidade e Saúde, Biologia Parasitária e em Ensino em Biociências em Saúde do Instituto.