Portuguese English Spanish
Interface
Adjust the interface to make it easier to use for different conditions.
This renders the document in high contrast mode.
This renders the document as white on black
This can help those with trouble processing rapid screen movements.
This loads a font easier to read for people with dyslexia.
Busca Avançada
Você está aqui: Pesquisa » Laboratórios » Laboratório de Patologia (vigente até jan/23)

Laboratório de Patologia (vigente até jan/23)

O Laboratório de Patologia do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) realiza pesquisa, desenvolvimento tecnológico, inovação e formação de recursos humanos nas áreas de patologia, imunopatologia e patogenia de doenças infecciosas e parasitárias e em morfobiologia de órgãos linfo-hematopoéticos, esta com enfoque ontogenético e filogenético.

As atividades de pesquisa estão centradas no estudo da patologia de diferentes doenças infecciosas e parasitárias, sobretudo esquistossomose e angiostrongilíase, em material experimental e humano. O estudo da esquistossomose aborda desde aspectos morfológicos de todas as fases do ciclo biológico do Schistosoma mansoni até a histopatologia da doença em modelos experimentais murinos. Os pesquisadores investigam em especial a hematopoese extramedular na reação granulomatosa hepática e buscam esclarecer os mecanismos de fibrose associados à doença. Acerca da angiostrongilíase, são realizados estudos sobre a morfologia do Angiostrongylus costaricensis, bem como sobre a patologia gerada por este nematóide em modelos invertebrados (moluscos) e vertebrados (roedores).

A abordagem inclui a caracterização proteômica de diferentes fases evolutivas do nematóide, a definição dos mecanismos de fibrose portal e a avaliação do potencial arteriosclerótico da infecção em cricetídeos Sigmodon hispidus. Recentemente descrito no Brasil, o parasito Angiostrongylus cantonensis, agente etiológico da meningite eosinofílica, também é alvo de estudos. Os pesquisadores avaliam as lesões histopatológicas encontradas em camundongos infectados experimentalmente pelo helminto a partir do sucesso da manutenção do ciclo da infecção em laboratório. Em colaborações científicas, também são investigadas outras doenças, em especial: paracoccidioidomicose, criptococose e tripanossomíase experimental.

Paralelamente, os pesquisadores investigam a fisiologia do Sistema Linfo-Hematopoético (SLH) e estudam em especial a sua ontogenia, enfocando o surgimento, migração e estabelecimento das células com potencial hematopoético durante o desenvolvimento embriológico humano e de diferentes modelos experimentais (camundongos, aves e anfíbios). No caso de mamíferos, também são consideradas as alterações do SLH do organismo materno durante a gestação. Os pesquisadores investigam, ainda, o impacto da radiação ionizante sobre a hematopoese medular e os mecanismos de reconhecimento de células hematopoéticas imaturas pelo endotélio da medula óssea em procedimentos de transplante experimental, enfocando a fisiologia do nomadismo hematopoético.

O Laboratório também atua no desenvolvimento de procedimentos histotecnológicos, principalmente aqueles voltados para microscopia confocal a laser. Nesse sentido, investiga a aplicabilidade de corantes histológicos como marcadores fluorescentes seletivos para elementos teciduais, além de testar a modificação de protocolos já existentes. Os pesquisadores buscam ainda desenvolver protocolos de fixação que modifiquem o mínimo possível a estrutura tridimensional dos tecidos, bem como sua composição molecular, facilitando a revelação de antígenos por técnicas de imunohistologia. Da mesma forma, estes vêm investindo em procedimentos de recuperação de ácidos nucléicos a partir de material fixado em formalina e incluído em parafina, submetido ou não à microdissecção a laser, para posterior análise em técnicas de patologia molecular.

Como componente do Ministério da Saúde e do Sistema Único de Saúde (SUS), o Laboratório colabora em investigações diagnósticas e presta serviços à comunidade científica nas áreas de histotecnologia e microscopia, por meio de atendimento e consultoria técnico-científica – com destaque para a plataforma de microscopia confocal a laser.

O Laboratório é responsável pela curadoria da Coleção de Febre Amarela do IOC, que reúne cerca de 500 mil amostras de fígado coletadas durante as décadas de 1930 e 1970, caracterizando-se como uma das maiores coleções de referência histopatológica de fígado do mundo. Dentre as pesquisas realizadas com este acervo, destaca-se o emprego e desenvolvimento de métodos moleculares para estudo retrospectivo de casos de diagnóstico inconclusivo.

Dedicado à preservação do patrimônio histórico da patologia brasileira, também coordena a Coleção da Secção de Anatomia Patológica, que reúne peças anatômicas resultantes do trabalho de grandes personalidades da ciência nacional, que ajudam a contar o início da história da Patologia (1903) e o seu desenvolvimento até a década de 1970.

Estes dois acervos, juntamente com uma terceira Coleção Histopatológica, que hoje monta a cerca de 15 mil casos que se referem ao material gerado pelas pesquisas do Laboratório com modelos experimentais desde a instituição da estrutura Departamental no IOC, em 1984, constituem o Museu da Patologia. Este é coordenado pelo Laboratório e fundamentado na noção de pentagrama de vertentes: Patrimônio, Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico, Ensino e Divulgação Científica.