“Eu sou deficiente visual e costumo dizer que não adianta nos oferecerem um leque de adaptações se não há acolhimento. Aqui, os orientadores e os demais profissionais me receberam de forma tão acolhedora que me senti em casa”.
Victor Hugo Miranda, de 19 anos, integra as dezenas de jovens que participaram da ‘29ª Semana do Programa de Vocação Científica (Provoc)’ — iniciativa da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), realizada entre 7 e 9 de maio, no campus da Fiocruz no Rio de Janeiro.
A imersão de Victor no mundo da pesquisa aconteceu no Laboratório de Inovações em Terapias, Ensino e Bioprodutos do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), onde ele aprende sobre a dimensão científica da criação de fragrâncias. O desafio do estudante que cursa o Ensino Médio é relacionar tudo isso com diferentes sentidos sensoriais, através da arte.
A apresentação em formato de pôster do resumo do trabalho desenvolvido por Victor, com detalhes sobre a molécula anetol, também foi um exercício de acessibilidade. Além de destacar o aroma característico do composto de origem vegetal usado em perfumes, Victor compartilhou uma representação lúdica da molécula, que podia ser tocada pelo público, e recorreu à musicalidade, acompanhado por violão, para explicar notas e acordes dos perfumes a partir das notas e acordes musicais.
A comparação de fragrâncias com música facilitou o entendimento do público sobre as diferentes combinações de elementos que constroem o cheiro de um perfume. Foto: Gutemberg Brito
“A experiência com o Provoc me fez crescer não apenas como estudante, mas também como pessoa. Apesar de querer cursar Direito na graduação, a Biologia expandiu minha perspectiva sobre a vida e descobri oportunidades através da aromaterapia”, destacou o estudante do Colégio Pedro II, campus de Duque de Caxias.
Ao todo, 22 alunos do Provoc desempenharam atividades em laboratórios do IOC, nos mais variados temas. Entre eles, Bruna dos Santos, de 17 anos, que estudou a morfologia de órgãos do Danio rerio — espécie de peixe conhecida também como zebrafish, usada como alternativa de modelos experimentais em estudos.
“Foi uma oportunidade que mudou minha vida. Antes da iniciação científica, eu não fazia ideia de qual curso de graduação escolher. Agora sei que quero estudar biologia ou biomedicina e me tornar pesquisadora”, declarou.
A aluna do campus Tijuca do Colégio Pedro II também destacou o apoio dos seus orientadores, do Laboratório de Medicina Experimental e Saúde do IOC.
“Por ser uma experiência nova, eu estava com medo de não dar conta. Porém, me senti completamente abraçada pela equipe do laboratório, que me acolheu de forma única”, compartilhou.
Integrada na rotina do Laboratório, Bruna acompanhou técnicas utilizadas pelos pesquisadores e descobriu mais sobre pesquisa básica. Foto: Gutemberg Brito
Além dos alunos que desenvolveram atividades no IOC, a ‘29ª Semana do Programa de Vocação Científica’ contou com apresentações orais e de pôsteres de estudantes orientados por profissionais das diferentes Unidades da Fiocruz. Saiba mais.
O Programa de Vocação Científica é uma proposta educacional de iniciação científica voltada para estudantes de ensino médio. Foi criado em março de 1986 no campus da Fiocruz em Manguinhos e é coordenado pela EPSJV.
O Programa é dividido em duas etapas: iniciação e avançado. Na primeira etapa, com duração de 12 meses, os alunos se familiarizam com as principais técnicas e objetos de pesquisa de Ciência e Tecnologia em saúde.
No avançado, com duração de 22 meses, os alunos desenvolvem todas as etapas de execução de um projeto de pesquisa em Ciência e Tecnologia em Saúde.
“Eu sou deficiente visual e costumo dizer que não adianta nos oferecerem um leque de adaptações se não há acolhimento. Aqui, os orientadores e os demais profissionais me receberam de forma tão acolhedora que me senti em casa”.
Victor Hugo Miranda, de 19 anos, integra as dezenas de jovens que participaram da ‘29ª Semana do Programa de Vocação Científica (Provoc)’ — iniciativa da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), realizada entre 7 e 9 de maio, no campus da Fiocruz no Rio de Janeiro.
A imersão de Victor no mundo da pesquisa aconteceu no Laboratório de Inovações em Terapias, Ensino e Bioprodutos do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), onde ele aprende sobre a dimensão científica da criação de fragrâncias. O desafio do estudante que cursa o Ensino Médio é relacionar tudo isso com diferentes sentidos sensoriais, através da arte.
A apresentação em formato de pôster do resumo do trabalho desenvolvido por Victor, com detalhes sobre a molécula anetol, também foi um exercício de acessibilidade. Além de destacar o aroma característico do composto de origem vegetal usado em perfumes, Victor compartilhou uma representação lúdica da molécula, que podia ser tocada pelo público, e recorreu à musicalidade, acompanhado por violão, para explicar notas e acordes dos perfumes a partir das notas e acordes musicais.
A comparação de fragrâncias com música facilitou o entendimento do público sobre as diferentes combinações de elementos que constroem o cheiro de um perfume. Foto: Gutemberg Brito
“A experiência com o Provoc me fez crescer não apenas como estudante, mas também como pessoa. Apesar de querer cursar Direito na graduação, a Biologia expandiu minha perspectiva sobre a vida e descobri oportunidades através da aromaterapia”, destacou o estudante do Colégio Pedro II, campus de Duque de Caxias.
Ao todo, 22 alunos do Provoc desempenharam atividades em laboratórios do IOC, nos mais variados temas. Entre eles, Bruna dos Santos, de 17 anos, que estudou a morfologia de órgãos do Danio rerio — espécie de peixe conhecida também como zebrafish, usada como alternativa de modelos experimentais em estudos.
“Foi uma oportunidade que mudou minha vida. Antes da iniciação científica, eu não fazia ideia de qual curso de graduação escolher. Agora sei que quero estudar biologia ou biomedicina e me tornar pesquisadora”, declarou.
A aluna do campus Tijuca do Colégio Pedro II também destacou o apoio dos seus orientadores, do Laboratório de Medicina Experimental e Saúde do IOC.
“Por ser uma experiência nova, eu estava com medo de não dar conta. Porém, me senti completamente abraçada pela equipe do laboratório, que me acolheu de forma única”, compartilhou.
Integrada na rotina do Laboratório, Bruna acompanhou técnicas utilizadas pelos pesquisadores e descobriu mais sobre pesquisa básica. Foto: Gutemberg Brito
Além dos alunos que desenvolveram atividades no IOC, a ‘29ª Semana do Programa de Vocação Científica’ contou com apresentações orais e de pôsteres de estudantes orientados por profissionais das diferentes Unidades da Fiocruz. Saiba mais.
O Programa de Vocação Científica é uma proposta educacional de iniciação científica voltada para estudantes de ensino médio. Foi criado em março de 1986 no campus da Fiocruz em Manguinhos e é coordenado pela EPSJV.
O Programa é dividido em duas etapas: iniciação e avançado. Na primeira etapa, com duração de 12 meses, os alunos se familiarizam com as principais técnicas e objetos de pesquisa de Ciência e Tecnologia em saúde.
No avançado, com duração de 22 meses, os alunos desenvolvem todas as etapas de execução de um projeto de pesquisa em Ciência e Tecnologia em Saúde.
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)
