Mais de 50 agentes comunitários do município do Rio de Janeiro foram diplomados no ‘Curso de Qualificação Profissional em Educação Ambiental e Climática para Agentes Ambientais’.
Os certificados foram entregues na última segunda-feira, 13 de fevereiro, durante cerimônia de encerramento da iniciativa, realizada na sede da Fiocruz (RJ).
A capacitação foi promovida pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) em parceria com a Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Ambiente e Clima (SMAC).
Participaram da cerimônia a secretária e o subsecretário municipal de Ambiente e Clima, Tainá de Paula e Artur Miranda; o secretário da Casa Civil, Lucas Wosgrau Padilha; e a gerente dos Núcleos de Educação Ambiental e Climática, Marcia Costa.
Do IOC, estavam presentes as pesquisadoras e coordenadoras da iniciativa, Clelia Christina Mello Silva Almeida da Costa e Martha Macedo de Lima Barata; além dos vice-diretores, Elizabeth Ferreira Rangel (Laboratórios de Referência, Ambulatórios e Coleções Biológicas) e Elmo Eduardo de Almeida Amaral (Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação).
“O curso foi pensado, elaborado e conduzido para que os agentes comunitários possam atuar com mais qualidade nos Núcleos de Educação Ambiental e Climática do Rio de Janeiro. Segundo os alunos, a capacitação gerou um rico aprendizado”, comemorou Clelia.
Ao todo, foram 60 horas de aulas distribuídas em doze encontros semanais, realizados entre os dias 26 de outubro de 2022 e 30 de janeiro de 2023. As experiências compartilhadas através das atividades resultaram na elaboração de 30 materiais educativos dentro da temática ambiente e clima, que tiveram como base as dinâmicas de socialização das regiões de atuação de cada agente.
Ao longo de três meses, foram debatidos temas como ecologia, desmatamento, aquecimento global, ilhas de calor, poluição atmosférica, saneamento ecológico, segurança alimentar e educação ambiental climática.
Clelia (esq.) e Martha (dir.) trabalharam diretamente com a Secretaria Municial de Ambiente e Clima na organização da iniciativa. Foto: Ricardo Schmidt“Por meio de metodologias ativas de aprendizagem, os alunos perceberam seus territórios sob diferentes ângulos e refletiram sobre essas novas perspectivas, discutindo soluções viáveis para agirem em prol da transformação local”, afirmou Clelia.
O curso faz parte do convênio “Ensino, Pesquisa e Extensão nos Núcleos de Educação Ambiental e Climática no Município do Rio de Janeiro”, celebrado entre o IOC e a Prefeitura em março do ano passado.
A próxima etapa visa implementar os materiais elaborados na iniciativa para conscientizar a população sobre temas acerca de ambiente e clima, como descreveu a pesquisadora Martha Barata.
“Vamos colocar em prática tudo aquilo que foi discutido aqui. É hora de agir e ver esses conhecimentos ajudando moradores e propiciando melhorias para as suas regiões. Não há avanço sem pessoas em ação”, atestou.
A amplitude do convênio também foi ponto da fala do subsecretário municipal de Ambiente e Clima, Artur Miranda, que aproveitou a oportunidade para reconhecer os esforços dos agentes.
“Vocês têm um grande desafio adiante: serão linha de frente de uma mudança de consciência nas comunidades. Vocês são o coração desse projeto de regeneração climática e ambiental e a nossa maior esperança de mudança para um Rio de Janeiro mais verde e sustentável”, pontuou.
Em nome da SMAC, o subsecretário recebeu o relatório de conclusão do curso com os trabalhos desenvolvidos pelos agentes comunitários e descrição das atividades aplicadas nas aulas.
Artur Miranda frisou as dificuldades que pessoas da periferia enfrentam para ter acesso à educação e parabenizou os agentes pela dedicação. Foto: Ricardo SchmidtA relevância de qualificar profissionais que atuam em territórios com diferentes dinâmicas dentro da cidade do Rio foi destacada pela gerente dos Núcleos de Educação Ambiental e Climática, Marcia Costa, que destacou o valor pessoal que a formação possui para os profissionais.
“Estar aqui na Fiocruz com os agentes é um sonho realizado. Nós conversamos com frequência sobre como era importante termos essa formação. Somos a ponta dos trabalhos em ambiente e clima desta cidade”, declarou.
Subsecretário da Casa Civil, Lucas Padilha enalteceu o engajamento dos agentes, que, para além da conquista do diploma, tiveram forte comprometimento em reunir dados e montar materiais educativos mais próximos das vivências de suas regiões de atuação.
“Chegamos no final desse curso olhando para uma história que vocês fizeram questão que desse certo. Não existe ideia boa sem a adesão das pessoas”, afirmou.
Padilha foi um dos idealizadores da capacitação, ao lado de Martha e Clelia, enquanto atuava como secretário da SMAC.
“Essa parceria teve sucesso também porque sabemos que a Fiocruz é um lugar onde há esse olhar para a comunidade como solução das questões de saúde pública. Militar pelo meio ambiente é militar pela valorização da vida”, completou.
Márcia Costa e Lucas Padilha enfatizaram a importância de fomentar a qualificação dos agentes comunitários. Foto: Ricardo SchmidtOs resultados do curso foram destacados também pela vice-diretora de Laboratórios de Referência, Ambulatórios e Coleções Biológicas do IOC, Elizabeth Rangel. A pesquisadora pôs em foco a necessidade de mais celebrações de parcerias entre poder público e instituições de ciência.
“O manual da Organização Mundial da Saúde aponta que a educação popular de saúde é um elemento central para uma vida digna. Vocês, agentes, estão com uma responsabilidade muito grande de mostrar o que as comunidades podem fazer. A presença de vocês reforça que políticas públicas só funcionam com a participação da comunidade”, assegurou.
O vice-diretor de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do IOC, Elmo Amaral, afirmou notar uma postura mais empoderada dos alunos e lembrou que a capacitação de profissionais é um passo importante para preservação da qualidade de vida.
“Conseguiremos atingir essa meta de preservação, que tentamos há muito tempo, com mais pessoas pensando em clima e ambiente. Em um mundo onde as mudanças climáticas e a preservação são temas cada vez mais relevantes, é fundamental trazermos à tona a necessidade de ações concretas e inovadoras para a formação de profissionais capacitados e engajados nesses temas”, declarou.
Elizabeth e Elmo representaram a diretoria do IOC no evento. Foto: Ricardo SchmidtPara representar os professores que participaram da iniciativa, Luciana Ribeiro Leda e Renata Felix, estudantes de doutorado da Pós-graduação em Ensino em Biociências e Saúde do IOC, relataram o desenvolvimento dos alunos e o aprendizado mútuo ao longo dos encontros.
"Foram doze semanas maravilhosas, onde nos divertimos, aprendemos e trocamos. Cada um com sua característica singular fará a diferença na vida da população dos territórios que vocês atuam”, afirmou Luciana.
“Percebi a evolução de vocês, e a minha também. Ajudar na construção do material educativo foi maravilhoso e pude perceber o quanto vocês progrediram. Essa evolução me fez sentir um orgulho imenso”, completou Renata.
Luciana (esq.) e Renata (dir.) agradeceram a dedicação dos agentes comunitários. Foto: Ricardo SchmidtRepresentando os agentes comunitários, Elaine Parcial da Silva e Priscila Pinto relembraram atividades que desempenharam nas aulas e agradeceram o acolhimento que tiveram no campus da Fiocruz.
“Existe uma sabedoria de vivência em nós, um conhecimento adquirido por cada trajetória até aqui, que nos tornam campos férteis e prósperos, de agentes transformadores. Hoje, em cada olhar, sentimos a potência despertada, a consciência, a confiança e a motivação para juntos seguirmos nessa luta de amor ao nosso planeta”, declarou Elaine.
Elaine e Priscila traduziram a satisfação dos agentes em concluírem a etapa do projeto. Foto: Ricardo Schmidt“O conhecimento dos professores era nítido: presente em cada aula, cada apresentação, cada conversa. Mas as suas atitudes falaram muito mais. Educação ambiental não é apenas conhecimento, é também afeto. O conhecimento sozinho pode ser passado, mas não transforma. Já o conhecimento com afeto é capaz de transformar as nossas vidas, dos nossos vizinhos e da nossa comunidade”, afirmou Priscila.
A solenidade contou ainda com homenagem à agente comunitária Fernanda Cristina Carneiro Freitas, que faleceu duas semanas antes de concluir o curso.
Agentes ambientais e de reflorestamento posaram com seus certificados ao lado de professores e apoiadores do Curso de Qualificação Profissional. Foto: Ricardo SchmidtMais de 50 agentes comunitários do município do Rio de Janeiro foram diplomados no ‘Curso de Qualificação Profissional em Educação Ambiental e Climática para Agentes Ambientais’.
Os certificados foram entregues na última segunda-feira, 13 de fevereiro, durante cerimônia de encerramento da iniciativa, realizada na sede da Fiocruz (RJ).
A capacitação foi promovida pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) em parceria com a Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Ambiente e Clima (SMAC).
Participaram da cerimônia a secretária e o subsecretário municipal de Ambiente e Clima, Tainá de Paula e Artur Miranda; o secretário da Casa Civil, Lucas Wosgrau Padilha; e a gerente dos Núcleos de Educação Ambiental e Climática, Marcia Costa.
Do IOC, estavam presentes as pesquisadoras e coordenadoras da iniciativa, Clelia Christina Mello Silva Almeida da Costa e Martha Macedo de Lima Barata; além dos vice-diretores, Elizabeth Ferreira Rangel (Laboratórios de Referência, Ambulatórios e Coleções Biológicas) e Elmo Eduardo de Almeida Amaral (Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação).
“O curso foi pensado, elaborado e conduzido para que os agentes comunitários possam atuar com mais qualidade nos Núcleos de Educação Ambiental e Climática do Rio de Janeiro. Segundo os alunos, a capacitação gerou um rico aprendizado”, comemorou Clelia.
Ao todo, foram 60 horas de aulas distribuídas em doze encontros semanais, realizados entre os dias 26 de outubro de 2022 e 30 de janeiro de 2023. As experiências compartilhadas através das atividades resultaram na elaboração de 30 materiais educativos dentro da temática ambiente e clima, que tiveram como base as dinâmicas de socialização das regiões de atuação de cada agente.
Ao longo de três meses, foram debatidos temas como ecologia, desmatamento, aquecimento global, ilhas de calor, poluição atmosférica, saneamento ecológico, segurança alimentar e educação ambiental climática.
Clelia (esq.) e Martha (dir.) trabalharam diretamente com a Secretaria Municial de Ambiente e Clima na organização da iniciativa. Foto: Ricardo Schmidt“Por meio de metodologias ativas de aprendizagem, os alunos perceberam seus territórios sob diferentes ângulos e refletiram sobre essas novas perspectivas, discutindo soluções viáveis para agirem em prol da transformação local”, afirmou Clelia.
O curso faz parte do convênio “Ensino, Pesquisa e Extensão nos Núcleos de Educação Ambiental e Climática no Município do Rio de Janeiro”, celebrado entre o IOC e a Prefeitura em março do ano passado.
A próxima etapa visa implementar os materiais elaborados na iniciativa para conscientizar a população sobre temas acerca de ambiente e clima, como descreveu a pesquisadora Martha Barata.
“Vamos colocar em prática tudo aquilo que foi discutido aqui. É hora de agir e ver esses conhecimentos ajudando moradores e propiciando melhorias para as suas regiões. Não há avanço sem pessoas em ação”, atestou.
A amplitude do convênio também foi ponto da fala do subsecretário municipal de Ambiente e Clima, Artur Miranda, que aproveitou a oportunidade para reconhecer os esforços dos agentes.
“Vocês têm um grande desafio adiante: serão linha de frente de uma mudança de consciência nas comunidades. Vocês são o coração desse projeto de regeneração climática e ambiental e a nossa maior esperança de mudança para um Rio de Janeiro mais verde e sustentável”, pontuou.
Em nome da SMAC, o subsecretário recebeu o relatório de conclusão do curso com os trabalhos desenvolvidos pelos agentes comunitários e descrição das atividades aplicadas nas aulas.
Artur Miranda frisou as dificuldades que pessoas da periferia enfrentam para ter acesso à educação e parabenizou os agentes pela dedicação. Foto: Ricardo SchmidtA relevância de qualificar profissionais que atuam em territórios com diferentes dinâmicas dentro da cidade do Rio foi destacada pela gerente dos Núcleos de Educação Ambiental e Climática, Marcia Costa, que destacou o valor pessoal que a formação possui para os profissionais.
“Estar aqui na Fiocruz com os agentes é um sonho realizado. Nós conversamos com frequência sobre como era importante termos essa formação. Somos a ponta dos trabalhos em ambiente e clima desta cidade”, declarou.
Subsecretário da Casa Civil, Lucas Padilha enalteceu o engajamento dos agentes, que, para além da conquista do diploma, tiveram forte comprometimento em reunir dados e montar materiais educativos mais próximos das vivências de suas regiões de atuação.
“Chegamos no final desse curso olhando para uma história que vocês fizeram questão que desse certo. Não existe ideia boa sem a adesão das pessoas”, afirmou.
Padilha foi um dos idealizadores da capacitação, ao lado de Martha e Clelia, enquanto atuava como secretário da SMAC.
“Essa parceria teve sucesso também porque sabemos que a Fiocruz é um lugar onde há esse olhar para a comunidade como solução das questões de saúde pública. Militar pelo meio ambiente é militar pela valorização da vida”, completou.
Márcia Costa e Lucas Padilha enfatizaram a importância de fomentar a qualificação dos agentes comunitários. Foto: Ricardo SchmidtOs resultados do curso foram destacados também pela vice-diretora de Laboratórios de Referência, Ambulatórios e Coleções Biológicas do IOC, Elizabeth Rangel. A pesquisadora pôs em foco a necessidade de mais celebrações de parcerias entre poder público e instituições de ciência.
“O manual da Organização Mundial da Saúde aponta que a educação popular de saúde é um elemento central para uma vida digna. Vocês, agentes, estão com uma responsabilidade muito grande de mostrar o que as comunidades podem fazer. A presença de vocês reforça que políticas públicas só funcionam com a participação da comunidade”, assegurou.
O vice-diretor de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do IOC, Elmo Amaral, afirmou notar uma postura mais empoderada dos alunos e lembrou que a capacitação de profissionais é um passo importante para preservação da qualidade de vida.
“Conseguiremos atingir essa meta de preservação, que tentamos há muito tempo, com mais pessoas pensando em clima e ambiente. Em um mundo onde as mudanças climáticas e a preservação são temas cada vez mais relevantes, é fundamental trazermos à tona a necessidade de ações concretas e inovadoras para a formação de profissionais capacitados e engajados nesses temas”, declarou.
Elizabeth e Elmo representaram a diretoria do IOC no evento. Foto: Ricardo SchmidtPara representar os professores que participaram da iniciativa, Luciana Ribeiro Leda e Renata Felix, estudantes de doutorado da Pós-graduação em Ensino em Biociências e Saúde do IOC, relataram o desenvolvimento dos alunos e o aprendizado mútuo ao longo dos encontros.
"Foram doze semanas maravilhosas, onde nos divertimos, aprendemos e trocamos. Cada um com sua característica singular fará a diferença na vida da população dos territórios que vocês atuam”, afirmou Luciana.
“Percebi a evolução de vocês, e a minha também. Ajudar na construção do material educativo foi maravilhoso e pude perceber o quanto vocês progrediram. Essa evolução me fez sentir um orgulho imenso”, completou Renata.
Luciana (esq.) e Renata (dir.) agradeceram a dedicação dos agentes comunitários. Foto: Ricardo SchmidtRepresentando os agentes comunitários, Elaine Parcial da Silva e Priscila Pinto relembraram atividades que desempenharam nas aulas e agradeceram o acolhimento que tiveram no campus da Fiocruz.
“Existe uma sabedoria de vivência em nós, um conhecimento adquirido por cada trajetória até aqui, que nos tornam campos férteis e prósperos, de agentes transformadores. Hoje, em cada olhar, sentimos a potência despertada, a consciência, a confiança e a motivação para juntos seguirmos nessa luta de amor ao nosso planeta”, declarou Elaine.
Elaine e Priscila traduziram a satisfação dos agentes em concluírem a etapa do projeto. Foto: Ricardo Schmidt“O conhecimento dos professores era nítido: presente em cada aula, cada apresentação, cada conversa. Mas as suas atitudes falaram muito mais. Educação ambiental não é apenas conhecimento, é também afeto. O conhecimento sozinho pode ser passado, mas não transforma. Já o conhecimento com afeto é capaz de transformar as nossas vidas, dos nossos vizinhos e da nossa comunidade”, afirmou Priscila.
A solenidade contou ainda com homenagem à agente comunitária Fernanda Cristina Carneiro Freitas, que faleceu duas semanas antes de concluir o curso.
Agentes ambientais e de reflorestamento posaram com seus certificados ao lado de professores e apoiadores do Curso de Qualificação Profissional. Foto: Ricardo SchmidtPermitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)