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Reflexões e quebra de paradigmas

Em aula inaugural do Programa de Pós-Graduação de Biodiversidade e Saúde do IOC, convidados alertaram para a pesquisa que "só olha para o próprio umbigo"
Por Jornalismo IOC30/07/2012 - Atualizado em 16/12/2024

Em aula inaugural do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Saúde do IOC, convidados alertaram para a pesquisa que só olha para o próprio umbigo e aliena a população

O homem e o dióxido de carbono não são responsáveis pelas mudanças climáticas que estão ocorrendo no mundo. O planeta não está aquecendo, mas, sim, resfriando. Na aula inaugural do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Saúde do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), realizada nesta segunda-feira (30/07), os alunos foram convidados a refletir sobre temas científicos de grande repercussão na sociedade e a questionar as versões ditas \'oficiais\'. As palestras e a sessão de perguntas foram conduzidas pelos convidados Luiz Carlos Molion, pesquisador aposentado do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE/MCT) e professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), e Roberto Huet, coordenador do Núcleo de Licenciamento Ambiental do IBAMA (NLA/MMA). Participaram do primeiro dia, ainda, a diretora do Instituto, Tania Araújo-Jorge, a vice-diretora de Ensino, Informação e Comunicação, Helene Barbosa, e o coordenador do Programa, o pesquisador Cleber Galvão.

Com início no segundo semestre de 2012, a classe é composta por 18 alunos, sendo dez de mestrado e oito de doutorado. Esta é a segunda turma do Programa, que foi inaugurado em 2011. Diante da nova geração de cientistas, Molion fez um alerta sobre um dos assuntos mais discutidos no século XXI: mudanças climáticas. Não aceitem as informações que lhes são impostas. Pensem e desconfiem, principalmente quando surgir um estudo que faz projeções globais baseado em dados locais, disse. O professor colocou em xeque o suposto cenário de aquecimento global apresentado como \'catastrófico\' para os próximos 20 anos. O planeta está, na verdade, esfriando, o que vai tornar nossos invernos cada vez mais rigorosos e os verões, mais secos, revelou. De acordo com Molion, o sol entrou em um ciclo de baixo fluxo de radiação ultra-violeta, o que implica em uma menor absorção de calor pela Terra. Aliado a este fato, os oceanos estariam se resfriando.

O professor lembrou que o último período de baixa atividade solar ocorreu entre 1947 e 1976, onde foram registrados alguns dos piores eventos climáticos do Brasil. A enchente de 1966, no Rio de Janeiro, e a de 1967, na Serra das Araras, assim como as geadas sucessivas em São Paulo no fim dos anos 70 foram alguns dos exemplos citados. As chuvas de 2009 e 2011 são eventos de mesma natureza que tendem a se repetir com mais freqüência e intensidade daqui para frente. Esqueçam o dióxido de carbono, o vilão nas mudanças climáticas é a falta de estrutura das cidades, que não estão preparadas para esses fenômenos, provocou. Mas por que a discrepância entre o que é divulgado para a população e o que seria a \'realidade\' segundo o professor? Molion explicou que muitas análises de clima não levam em consideração as mudanças naturais ocorridas ao longo da História e se concentram em dados obtidos a partir da análise de algumas localidades, gerando resultados parciais e equivocados. Ainda de acordo com o especialista, estudos sofrem influência dos seus patrocinadores e alguns deles são multinacionais que se beneficiam com determinada versão dos fatos. É a Ciência que olha para o próprio umbigo e aliena a população, concluiu.

Já o pesquisador Roberto Huet apresentou aos alunos o trabalho do Núcleo de Licenciamento Ambiental do IBAMA, departamento responsável por adequar e acompanhar os empreendimentos que causam impacto no ambiente físico e social, como é o exemplo da usina hidrelétrica de Belo Monte, em construção no Pará. Nosso objetivo é promover medidas que visem a uma melhor compreensão do projeto pelas populações afetadas e, também, reduzir o impacto naqueles locais, explica.

De acordo com o coordenador do programa, o pesquisador Cleber Galvão, das oito bolsas de doutorado na turma, quatro foram preenchidas por meio da primeira Chamada de Seleção de Projetos de Doutorado CAPES/Fiocruz, desdobramento do convênio firmado entre a Fundação Oswaldo Cruz e o Plano Brasil sem Miséria, do governo federal. Estes alunos receberam bolsa para desenvolver teses direcionadas às questões da pobreza, explica. A turma conta, ainda, com um estudante de doutorado-sanduíche do Programa de Cooperação Internacional Capes/MES-Cuba. Egresso da Universidade do Oriente, na cidade de Santiago, ele desenvolverá sua pesquisa junto à pesquisadora Margareth Queiroz, do Setor de Entomologia Médica e Forense do Laboratório de Transmissores de Leishmaniose do IOC.

Isadora Marinho
30/07/2012

Em aula inaugural do Programa de Pós-Graduação de Biodiversidade e Saúde do IOC, convidados alertaram para a pesquisa que "só olha para o próprio umbigo"
Por: 
jornalismo

Em aula inaugural do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Saúde do IOC, convidados alertaram para a pesquisa que só olha para o próprio umbigo e aliena a população

O homem e o dióxido de carbono não são responsáveis pelas mudanças climáticas que estão ocorrendo no mundo. O planeta não está aquecendo, mas, sim, resfriando. Na aula inaugural do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Saúde do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), realizada nesta segunda-feira (30/07), os alunos foram convidados a refletir sobre temas científicos de grande repercussão na sociedade e a questionar as versões ditas \'oficiais\'. As palestras e a sessão de perguntas foram conduzidas pelos convidados Luiz Carlos Molion, pesquisador aposentado do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE/MCT) e professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), e Roberto Huet, coordenador do Núcleo de Licenciamento Ambiental do IBAMA (NLA/MMA). Participaram do primeiro dia, ainda, a diretora do Instituto, Tania Araújo-Jorge, a vice-diretora de Ensino, Informação e Comunicação, Helene Barbosa, e o coordenador do Programa, o pesquisador Cleber Galvão.

Com início no segundo semestre de 2012, a classe é composta por 18 alunos, sendo dez de mestrado e oito de doutorado. Esta é a segunda turma do Programa, que foi inaugurado em 2011. Diante da nova geração de cientistas, Molion fez um alerta sobre um dos assuntos mais discutidos no século XXI: mudanças climáticas. Não aceitem as informações que lhes são impostas. Pensem e desconfiem, principalmente quando surgir um estudo que faz projeções globais baseado em dados locais, disse. O professor colocou em xeque o suposto cenário de aquecimento global apresentado como \'catastrófico\' para os próximos 20 anos. O planeta está, na verdade, esfriando, o que vai tornar nossos invernos cada vez mais rigorosos e os verões, mais secos, revelou. De acordo com Molion, o sol entrou em um ciclo de baixo fluxo de radiação ultra-violeta, o que implica em uma menor absorção de calor pela Terra. Aliado a este fato, os oceanos estariam se resfriando.

O professor lembrou que o último período de baixa atividade solar ocorreu entre 1947 e 1976, onde foram registrados alguns dos piores eventos climáticos do Brasil. A enchente de 1966, no Rio de Janeiro, e a de 1967, na Serra das Araras, assim como as geadas sucessivas em São Paulo no fim dos anos 70 foram alguns dos exemplos citados. As chuvas de 2009 e 2011 são eventos de mesma natureza que tendem a se repetir com mais freqüência e intensidade daqui para frente. Esqueçam o dióxido de carbono, o vilão nas mudanças climáticas é a falta de estrutura das cidades, que não estão preparadas para esses fenômenos, provocou. Mas por que a discrepância entre o que é divulgado para a população e o que seria a \'realidade\' segundo o professor? Molion explicou que muitas análises de clima não levam em consideração as mudanças naturais ocorridas ao longo da História e se concentram em dados obtidos a partir da análise de algumas localidades, gerando resultados parciais e equivocados. Ainda de acordo com o especialista, estudos sofrem influência dos seus patrocinadores e alguns deles são multinacionais que se beneficiam com determinada versão dos fatos. É a Ciência que olha para o próprio umbigo e aliena a população, concluiu.

Já o pesquisador Roberto Huet apresentou aos alunos o trabalho do Núcleo de Licenciamento Ambiental do IBAMA, departamento responsável por adequar e acompanhar os empreendimentos que causam impacto no ambiente físico e social, como é o exemplo da usina hidrelétrica de Belo Monte, em construção no Pará. Nosso objetivo é promover medidas que visem a uma melhor compreensão do projeto pelas populações afetadas e, também, reduzir o impacto naqueles locais, explica.

De acordo com o coordenador do programa, o pesquisador Cleber Galvão, das oito bolsas de doutorado na turma, quatro foram preenchidas por meio da primeira Chamada de Seleção de Projetos de Doutorado CAPES/Fiocruz, desdobramento do convênio firmado entre a Fundação Oswaldo Cruz e o Plano Brasil sem Miséria, do governo federal. Estes alunos receberam bolsa para desenvolver teses direcionadas às questões da pobreza, explica. A turma conta, ainda, com um estudante de doutorado-sanduíche do Programa de Cooperação Internacional Capes/MES-Cuba. Egresso da Universidade do Oriente, na cidade de Santiago, ele desenvolverá sua pesquisa junto à pesquisadora Margareth Queiroz, do Setor de Entomologia Médica e Forense do Laboratório de Transmissores de Leishmaniose do IOC.

Isadora Marinho
30/07/2012

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

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