Publicação do Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz - Ano XIII - n0 8 - 24/04/2007
Votação elegerá nomes
para prédios e auditórios do IOC
LabQuim

Nos dias 24 e 25, o IOC irá às urnas para escolher os homenageados em oito espaços, entre pavilhões e auditórios. Esta é uma oportunidade para a comunidade imortalizar personalidades que fizeram parte da história científica do Instituto.

O colégio eleitoral será o mesmo que elegeu a diretoria, conforme definido no Regimento Interno do IOC: todos os servidores do quadro permanente do IOC, servidores do quadro temporário com mais de um ano de contrato, pessoal cedido de outras instituições ou unidades da Fiocruz com mais de um ano de exercício no IOC e alunos de pós-graduação engajados nos cursos do IOC há mais de um ano e orientados por pesquisadores do IOC.

A urna ficará disponível na varanda do Castelo, próximo à sala da diretoria, das 9h às 17h. Basta se apresentar com o crachá funcional.

A comissão composta para conduzir o processo de eleição recebeu 13 propostas, que foram ratificadas no dia 18 pelo Conselho Deliberativo do IOC. O resultado da votação das personalidades para nomear prédios e auditórios será avaliado pelo CD-IOC, juntamente com a comissão eleitoral. Conforme definido em portaria da Fiocruz, o resultado será submetido ao CD-Fiocruz para aprovação final.

Confira os espaços a serem nomeados e os respectivos candidatos.

Administração
Primatas Hepatite
Auditoria Arthur Neiva Auditoria Pav. 26
Hanseníase Pav47
Conheça os candidatos e suas trajetórias
Alina

Alina Perlowagora-Szumlewicz atuou em diferentes linhas de pesquisa em virologia, imunologia, controle de vetores, relação parasito-vetor e biologia de vetores. Formada em Ciências Naturais e Doutora em Fisiologia Humana pela Universidade de Varsóvia (Polônia), em 1939, iniciou carreira científica no Brasil, em 1942, quando aqui chegou refugiada da perseguição nazista na 2ª Guerra Mundial, tornando-se pesquisadora da Fundação Rockefeller no Rio de Janeiro, onde coordenou pesquisas sobre o diagnóstico da febre amarela. Deu contribuição fundamental à biologia e controle de vetores da esquistossomose e da doença de Chagas. [Leia+]

Costa Lima

Costa Lima foi um dos maiores entomologistas brasileiros, responsável por valiosas contribuições à entomologia médica, agrícola, veterinária e geral, tendo escrito as mais famosas revisões brasileiras sobre as ordens de insetos em 11 volumes. A paixão pelo conhecimento dos insetos e a capacidade e dedicação ao trabalho foram traços marcantes de sua trajetória profissional. Os resultados de suas pesquisas prestaram indispensável e valioso suporte ao contínuo desenvolvimento do estudo do mais numeroso e diversificado grupo animal existente. [Leia+]

Emmanuel Dias
Emmanuel Dias foi um dos ícones da pesquisa sobre Trypanosoma cruzi e controle da doença de Chagas no Brasil. Toda a vida científica de Emmanuel transcorreu e foi dedicada ao IOC. Começa a publicar em 1929, iniciando-se aí uma das mais profícuas seqüências da produção científica em doença de Chagas, até os dias atuais. Até sua morte, em 1962, Dias publicou mais de 160 trabalhos originais, a maioria dedicada a diversos aspectos da biologia, da clínica, do controle, do diagnóstico e da epidemiologia da doença de Chagas.  [Leia+]
Francisco Laranja
Francisco Laranja ingressou no IOC por concurso público em 1944 como pesquisador responsável pelo Setor de Pesquisa Cardiológica, onde permaneceu até a sua morte em 1989. Nesta trajetória, realizou pesquisas sobre clínica, epidemiologia, patologia, experimentação animal e terapêutica da doença de Chagas e publicou numerosos artigos de divulgação e atualização sobre cardiologia, além de um compêndido de patologia cardiovascular. O cardiologista foi diretor do IOC em 1954. [Leia+]
Gensesio Pacheco
Genésio Pacheco, médico veterinário, formou vários bacteriologistas no IOC. Dedicou-se ao estudo de enterobactérias e foi especialista em Listeria e listeriose, tendo criado no Instituto o laboratório especializado no diagnóstico desta doença. Antes de ingressar, em 1920, no Instituto de Manguinhos, de onde jamais se desligou, exerceu a clínica pediátrica na Santa Casa de Misericórdia e na Policlínica de Crianças. No IOC realizou estudos bacteriológicos das diarréias infantis. O pesquisador é autor do livro Brucelose, em parceria com o professor Milton Thiago de Mello. [Leia+]
Gobert Araújo
Gobert de Araújo Costa nasceu em 1916, em Penedo (AL). Dedicou-se ao estudo das enterobactérias e escreveu monografia sobre a peste bubônica no Brasil, deixando essa marca no Departamento de Bacteriologia do IOC. Diplomou-se pela Escola de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, em 1938. Foi professor da Escola Nacional de Saúde Pública e da Escola Médica do Rio de Janeiro (Fundação Gama Filho) e chefe da Secção de Bacteriologia do IOC. Em 1960, foi presidente da seção de enterobactérias do Congresso Internacional de Medicina Tropical e Malária. [Leia+]
Helio pereira

Hélio Gelli Pereira contribuiu de forma decisiva para o desenvolvimento da Virologia. Fez descobertas que modificaram a ciência tanto no Brasil como no exterior, mesmo com os poucos recursos e condições que os anos 80-90 ofereciam. Teve sua carreira no Instituto Oswaldo Cruz marcada por dois períodos: entre 1948 e 1951, quando iniciou sua carreira, e na sua volta após a sua aposentadoria na Inglaterra, onde aqui permaneceu de 1979 a 1994, quando faleceu. [Leia+]

Helioepeggy

Helio e Marguerite (Peggy) Pereira tiveram importante papel no estudo da virologia no Instituto Oswaldo Cruz. Como virologista, Peggy teve a carreira voltada para os problemas de saúde pública. Inglesa, atuou em seu país de origem como diretora do de Referência em Saúde Pública em Colindale, Londres, onde foi responsável pela sessão referente ao vírus Influenza, vinculada à Organização Mundial de Saúde. Costumava passar as férias no Brasil, terra natal de seu marido e filhos, e contribuiu ativamente paras as pesquisas de viroses respiratórias do Departamento de Virologia do IOC.[Leia+]

Herman Lent
Herman Lent, falecido em 7 de julho de 2004 aos 93 anos, era pesquisador emérito da Fundação Oswaldo Cruz, membro da Academia Brasileira de Ciências e Pesquisador 1A do CNPq, além de detentor da Ordem do Mérito Científico na categoria Grã-Cruz. Foi pesquisador do IOC durante 41 anos, ingressando em 1931 ainda como estudante do 2º ano da Faculdade de Medicina. Por uma concessão especial do diretor Carlos Chagas, foi admitido no Curso de Aplicação, tendo se formado em 1932. Logo iniciou seus trabalhos no Laboratório de Helmintologia sob a orientação de Lauro Travassos. Foi um dos maiores especialista sobre triatomíneos vetores da doença de Chagas. [Leia+]
Herman
Hermann Schatzmayr é pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz (IOC) há 46 anos. Membro da Academia Brasileira de Ciências, o virologista é o atual coordenador da Comissão Interna de Biossegurança do IOC. Schatzmayr coordenou o isolamento do vírus da dengue no Brasil, realizado em 1986 pelo IOC. Formou-se médico veterinário pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro em 1957 e dedica-se à pesquisa em virologia desde sua graduação. Trabalhou inicialmente com poliomielite, depois com enteroviroses e, finalmente, em dengue. O pesquisador foi presidente da Fiocruz entre 1990 e 1992. [Leia+]
Hugo S. Lopes

Hugo de Souza Lopes formou-se em Veterinária pela Escola Superior de Agricultura e Medicina Veterinária, em 1933. Dois anos antes ingressara em Manguinhos como estagiário voluntário. Em 1934, foi aprovado em concurso como professor catedrático da Escola Nacional de Veterinária, na Universidade Rural. Em 1964, foi cassado em Manguinhos e na Rural, mas continuou como professor conferencista do Conselho Nacional de Pesquisa. Retornou à pesquisa no IOC em 1986. Dedicou sua atividade científica especialmente ao estudo das moscas sarcofagídeas. Descreveu cerca de 500 espécies de quase 50 gêneros. [Leia+]

Jussara

Jussara Pereira do Nascimento formou-se em Medicina pela Universidade Federal Fluminense (UFF) em 1971 e especializou-se em Microbiologia e Imunologia na UFRJ. Era especialista em infecções por parvovirus B19 e no desenvolvimento de métodos de diagnóstico laboratorial de viroses. Ex-vice-diretora do IOC (1993), a pesquisadora havia assumido a vice-presidência da Sociedade Brasileira de Virologia em novembro de 2006. [Leia+]

Maria Deane
Maria Deane nasceu em 24 de julho de 1916, em Belém do Pará, onde se graduou em Medicina. Foi uma mulher pioneira nos trabalhos de campo sobre a transmissão do calazar, das filarioses e da malária no Brasil, especialmente na Amazônia e Nordeste. Ganhadora do Prêmio da Academia do Terceiro Mundo, juntamente com seu esposo e colaborador científico, Leônidas Deane, deu enorme contribuição à protozoologia médica, especialmente ao conhecimento do T. cruzi  e outros tripanosomatídeos. Formou vários parasitologistas no IOC entre 1980 e sua morte em 1995. [Leia+]
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