:: Confira a cobertura especial
Um dos mais tradicionais polos de pesquisa científica do Brasil, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) celebra, neste mês de maio, o Jubileu Secular de Prata, que marca seus 125 anos de existência.
Fundado em 25 de maio de 1900, o IOC foi a base da atual Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e tem protagonizado, ao longo de sua história, ações fundamentais em defesa da saúde pública nacional e internacional.
Como parte das comemorações, teve início na terça-feira (20/5) o Simpósio IOC Jubileu 125 anos. Realizado de forma presencial no auditório Emmanuel Dias do Pavilhão Arthur Neiva (campus da Fiocruz em Manguinhos), o evento reuniu, até sexta-feira (23/05), especialistas, pesquisadores, gestores e estudantes para discutir avanços e desafios em ciência, tecnologia e inovação.
A cerimônia de abertura contou com a presença da vice-presidente de Pesquisa e Coleções Biológicas da Fiocruz, Alda Maria da Cruz, e dos vice-diretores do IOC, Luciana Garzoni (Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação) e Eduardo Volotão (Laboratórios de Referência, Ambulatórios e Coleções Biológicas.
"É com imenso prazer que damos início às comemorações dos 125 anos do Instituto. O Simpósio IOC Jubileu 125 anos é fruto de um trabalho coletivo, construído com muito empenho e dedicação. Em nome da Diretoria, quero deixar registrado o sincero agradecimento ao Grupo de Trabalho do Jubileu, que se empenhou para que este evento acontecesse, e à Câmara Técnica de Pesquisa, cuja contribuição foi essencial na proposição e construção da programação científica”, destacou Garzoni.
Na sequência, Eduardo Volotão ressaltou a emoção de fazer parte de um Instituto que, há 125 anos, inspira novos caminhos e novas conquistas, e que traz na sua trajetória a pesquisa e a inovação.
“Este evento simboliza não apenas a longevidade de uma das instituições científicas mais respeitadas do país, mas também a força coletiva de gerações que dedicaram suas vidas à ciência e à saúde pública. Olhar para a plateia e ver lado a lado pesquisadores que ajudaram a escrever a história do Instituto e jovens cientistas que hoje constroem o futuro é algo que nos toca profundamente“, disse.
Devido à presença no evento promovido pelo Centro de Saúde Global do Instituto de Pós-Graduação de Genebra, na Suíça, a diretora do IOC, Tania Araujo-Jorge, participou remotamente da mesa de abertura.
Durante a fala, ela destacou períodos fundamentais que marcaram a trajetória do Instituto, contextualizando temáticas, ações estratégicas e os desafios enfrentados ao longo do tempo. Além disso, apresentou os quatro programas de atividades pensados pela Diretoria e pelo Grupo de Trabalho para o Jubileu Secular de Prata.
“Três períodos definem a história do Instituto: o primeiro vai da sua criação até o fechamento de laboratórios durante a ditadura militar; o segundo, da redemocratização até a pandemia de Covid-19; e o terceiro, que vivemos atualmente, é guiado pelos aprendizados deixados pela pandemia”, afirmou.
Quanto ao conjunto de atividades, a diretora adiantou que, durante a celebração do Jubileu, haverá um programa mensal de eventos científicos e de promoção da saúde; ações editoriais, com lançamento de livros do jubileu e edições especiais da revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz (além de outros produtos); iniciativas culturais e de homenagens; e, por fim, um programa corporativo de integração de pessoas e ambientação de espaços.
Representando a Presidência da Fundação, Alda Maria da Cruz enalteceu o fato de o Instituto estar se preparando com seriedade e compromisso para celebrar seus 125 anos. Segundo ela, cada detalhe do evento revela a grandeza da história do IOC e o cuidado com o futuro.
“Gostaria de expressar minha gratidão ao Instituto Oswaldo Cruz por ter sido, em minha passagem pelo Ministério da Saúde, um porto seguro. Saber que podíamos contar com a seriedade, o conhecimento e a dedicação dos profissionais desta casa, foi fundamental para enfrentarmos tantos desafios”, declarou.
A palestra magna ficou por conta da secretária municipal de Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Tatiana Roque, cuja apresentação se pautou no paradoxo entusiasta e realista que circunda a Inteligência Artificial (IA), sobretudo na esfera pública.
Em sua fala, ela destacou que o avanço da inteligência artificial representa uma ameaça a muitos empregos, com possíveis consequências sociais difíceis de prever.
“Diferentemente do que ocorreu no século XIX, não se vislumbra agora uma melhoria das condições laborais impulsionada por sindicatos organizados. O que está em jogo, desta vez, é a eliminação pura e simples de postos de trabalho, um cenário que pode alimentar uma radicalização de cunho niilista, marcada por ataques às instituições e à democracia”, analisou.
A secretária também falou sobre como alinhar objetivos municipais e nacionais ao mercado de IA – dominado por poucos atores globais – e qual seria o papel da política neste contexto.
“Para entrarmos no jogo, precisamos de um realismo estratégico, que exige combinar visão de longo prazo com ações regulatórias e investimentos coordenados. Não basta adotar ferramentas existentes, é preciso participar do desenvolvimento e definir padrões. Por isso, a Secretaria Municipal de Ciência e Tecnologia vem investindo em startups”, pontuou.
Quanto ao papel político, Tatiana explicou que as escolhas precisam determinar a distribuição de custos e benefícios e ressaltou a importância de marcos regulatórios para proteger dados, ambiente e trabalho, sem sufocar o processo de inovação.
“É preciso garantir proteção social àqueles que forem deixados para trás e regulamentar o mercado para evitar a concentração dos ganhos nas mãos de poucos. Mais do que nunca, é essencial atrair investimentos em tecnologia de ponta para o país, com foco em inteligência artificial – um caminho que o Rio de Janeiro já começou a trilhar e que o governo federal também tem priorizado”, disse.
Durante a tarde, o simpósio seguiu com mesas-redondas sobre temas de ponta, como o desenvolvimento de vacinas, nanotecnologia e aplicações da inteligência artificial na saúde.
:: Confira a cobertura especial
Um dos mais tradicionais polos de pesquisa científica do Brasil, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) celebra, neste mês de maio, o Jubileu Secular de Prata, que marca seus 125 anos de existência.
Fundado em 25 de maio de 1900, o IOC foi a base da atual Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e tem protagonizado, ao longo de sua história, ações fundamentais em defesa da saúde pública nacional e internacional.
Como parte das comemorações, teve início na terça-feira (20/5) o Simpósio IOC Jubileu 125 anos. Realizado de forma presencial no auditório Emmanuel Dias do Pavilhão Arthur Neiva (campus da Fiocruz em Manguinhos), o evento reuniu, até sexta-feira (23/05), especialistas, pesquisadores, gestores e estudantes para discutir avanços e desafios em ciência, tecnologia e inovação.
A cerimônia de abertura contou com a presença da vice-presidente de Pesquisa e Coleções Biológicas da Fiocruz, Alda Maria da Cruz, e dos vice-diretores do IOC, Luciana Garzoni (Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação) e Eduardo Volotão (Laboratórios de Referência, Ambulatórios e Coleções Biológicas.
"É com imenso prazer que damos início às comemorações dos 125 anos do Instituto. O Simpósio IOC Jubileu 125 anos é fruto de um trabalho coletivo, construído com muito empenho e dedicação. Em nome da Diretoria, quero deixar registrado o sincero agradecimento ao Grupo de Trabalho do Jubileu, que se empenhou para que este evento acontecesse, e à Câmara Técnica de Pesquisa, cuja contribuição foi essencial na proposição e construção da programação científica”, destacou Garzoni.
Na sequência, Eduardo Volotão ressaltou a emoção de fazer parte de um Instituto que, há 125 anos, inspira novos caminhos e novas conquistas, e que traz na sua trajetória a pesquisa e a inovação.
“Este evento simboliza não apenas a longevidade de uma das instituições científicas mais respeitadas do país, mas também a força coletiva de gerações que dedicaram suas vidas à ciência e à saúde pública. Olhar para a plateia e ver lado a lado pesquisadores que ajudaram a escrever a história do Instituto e jovens cientistas que hoje constroem o futuro é algo que nos toca profundamente“, disse.
Devido à presença no evento promovido pelo Centro de Saúde Global do Instituto de Pós-Graduação de Genebra, na Suíça, a diretora do IOC, Tania Araujo-Jorge, participou remotamente da mesa de abertura.
Durante a fala, ela destacou períodos fundamentais que marcaram a trajetória do Instituto, contextualizando temáticas, ações estratégicas e os desafios enfrentados ao longo do tempo. Além disso, apresentou os quatro programas de atividades pensados pela Diretoria e pelo Grupo de Trabalho para o Jubileu Secular de Prata.
“Três períodos definem a história do Instituto: o primeiro vai da sua criação até o fechamento de laboratórios durante a ditadura militar; o segundo, da redemocratização até a pandemia de Covid-19; e o terceiro, que vivemos atualmente, é guiado pelos aprendizados deixados pela pandemia”, afirmou.
Quanto ao conjunto de atividades, a diretora adiantou que, durante a celebração do Jubileu, haverá um programa mensal de eventos científicos e de promoção da saúde; ações editoriais, com lançamento de livros do jubileu e edições especiais da revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz (além de outros produtos); iniciativas culturais e de homenagens; e, por fim, um programa corporativo de integração de pessoas e ambientação de espaços.
Representando a Presidência da Fundação, Alda Maria da Cruz enalteceu o fato de o Instituto estar se preparando com seriedade e compromisso para celebrar seus 125 anos. Segundo ela, cada detalhe do evento revela a grandeza da história do IOC e o cuidado com o futuro.
“Gostaria de expressar minha gratidão ao Instituto Oswaldo Cruz por ter sido, em minha passagem pelo Ministério da Saúde, um porto seguro. Saber que podíamos contar com a seriedade, o conhecimento e a dedicação dos profissionais desta casa, foi fundamental para enfrentarmos tantos desafios”, declarou.
A palestra magna ficou por conta da secretária municipal de Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Tatiana Roque, cuja apresentação se pautou no paradoxo entusiasta e realista que circunda a Inteligência Artificial (IA), sobretudo na esfera pública.
Em sua fala, ela destacou que o avanço da inteligência artificial representa uma ameaça a muitos empregos, com possíveis consequências sociais difíceis de prever.
“Diferentemente do que ocorreu no século XIX, não se vislumbra agora uma melhoria das condições laborais impulsionada por sindicatos organizados. O que está em jogo, desta vez, é a eliminação pura e simples de postos de trabalho, um cenário que pode alimentar uma radicalização de cunho niilista, marcada por ataques às instituições e à democracia”, analisou.
A secretária também falou sobre como alinhar objetivos municipais e nacionais ao mercado de IA – dominado por poucos atores globais – e qual seria o papel da política neste contexto.
“Para entrarmos no jogo, precisamos de um realismo estratégico, que exige combinar visão de longo prazo com ações regulatórias e investimentos coordenados. Não basta adotar ferramentas existentes, é preciso participar do desenvolvimento e definir padrões. Por isso, a Secretaria Municipal de Ciência e Tecnologia vem investindo em startups”, pontuou.
Quanto ao papel político, Tatiana explicou que as escolhas precisam determinar a distribuição de custos e benefícios e ressaltou a importância de marcos regulatórios para proteger dados, ambiente e trabalho, sem sufocar o processo de inovação.
“É preciso garantir proteção social àqueles que forem deixados para trás e regulamentar o mercado para evitar a concentração dos ganhos nas mãos de poucos. Mais do que nunca, é essencial atrair investimentos em tecnologia de ponta para o país, com foco em inteligência artificial – um caminho que o Rio de Janeiro já começou a trilhar e que o governo federal também tem priorizado”, disse.
Durante a tarde, o simpósio seguiu com mesas-redondas sobre temas de ponta, como o desenvolvimento de vacinas, nanotecnologia e aplicações da inteligência artificial na saúde.
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)